HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Mais de 21 mil empresas e famílias
não têm bens para pagar as dívidas
São 21.263 os devedores crónicos que estão na Lista Pública de Execuções, não tendo bens para pagar as dívidas que já somam 332 milhões.
São 21.263 os devedores crónicos que estão na lista pública de execuções (LPE), não tendo bens para pagar as dívidas. Nesta situação estão empresas e particulares que não pagaram dívidas a fornecedores, instituições financeiras (banca e seguros), crédito ao consumo, arrendamentos ou a empresas de serviços públicos essenciais (água e luz) e telecomunicações. As dívidas totais por cobrar, desde 2009, atingem o nível recorde de 332 milhões de euros. E, pela primeira vez, a grande maioria dos devedores registados nesta lista são particulares: 11.494, o equivalente a 54% do total de registos.
A lista pública de execuções (LPE) permite detectar situações de incobrabilidade de dívidas e prevenir acções judiciais inúteis, evitando processos artificialmente vivos por falta de bens penhoráveis. E de acordo com os dados avançados ao Diário Económico pelo Ministério da Justiça, só nos três primeiros meses deste ano, o número de registos quase duplicou: foram incluídos na lista 4.236 devedores, contra 2.462 em igual período de 2011.
Uma evolução que, segundo os fiscalistas ouvidos pelo Diário Económico, se pode atribuir à crise económica, ao desemprego e às medidas de austeridade. E desde o início de Abril até ontem foram incluídos na lista mais 527 devedores crónicos, qualquer coisa como 47 devedores com execuções frustradas (terminadas por inexistência de bens penhoráveis) por dia.
*O número apontado inclui alguns milhares de empresas fantasmas criadas para ludribiar o estado e fornecedores enquanto os seus "patrões" continuam a ter boas casas, automóveis e "andem" aí.
Também há muitos particulares que transferiram património para familiares, não têm contas bancárias mas também "andem" aí.
Mas a maioria está a sofrer na pele o desvario governativo.
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