A paixão de Bruno
Todos os sportinguistas são íntimos de Bruno Paixão. O flirt dura há anos e a paixão que Bruno tem pelo Sporting parece não abrandar com o tempo. Um dos momentos mais tórridos desta relação aconteceu num célebre jogo no Estádio do Bessa com o Boavista. Bruno gosta de ser o centro das atenções e fez com que as notícias sobre esse jogo fossem sobre a sua pessoa. E o homem sabe como se fazer notar. Esta semana, quando da frente sportinguista pareciam não poder surgir grandes novidades, lá esteve ele outra vez.
Não sei se Paixão se dedica à arbitragem por interesse ou por amor. Deve ser por amor, porque não parece demonstrar qualquer interesse por futebol. Caso contrário, fazia a si e a todos um enorme favor: dedicava-se ao aeromodelismo ou à filatelia. Duvido que Bruno Paixão seja, como dizem as piores línguas, um avençado do outro lado da circular. Se fosse, devia ser imediatamente despedido. O Sporting não é, neste campeonato, uma ameaça para ninguém. Escusa de fazer por prazer o que apenas se tem de cumprir por dever contratual. Acho que Bruno Paixão é apenas um incompetente. Inacreditavelmente incompetente. E que a sua incompetência é especialmente seletiva. Escolhe o clube que a tem feito notar aos olhos de todos. Mas sejamos justos: a culpa não é dele. É de quem lhe deu um apito, uns cartões amarelos e vermelhos e uma fatiota preta e amarela. E depois lhe disse que estava habilitado para arbitrar.
Odeio escrever sobre arbitragens. E por odiar escrever sobre arbitragens, gostava que Bruno Paixão abandonasse de uma vez por todas este nobre ramo da atividade desportiva. Para deixar de ser ele o centro das atenções - como é demasiadas vezes - e voltarmos todos a falar sobre o futebol.
IN "RECORD"
24/03/12
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