30/03/2012

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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"

 Poupança das famílias caiu em 2011 
A taxa de poupança das famílias caiu em 2011, revelou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).

 Apesar disto, a economia portuguesa registou uma quebra recorde do seu défice externo. Segundo as Contas Nacionais Trimestrais por sector institucional, a taxa de poupança, medida como percentagem do rendimento disponível (rendimento menos impostos e pagamento de juros), caiu diminuiu de 10,2% para 9,7%. 
A razão para a redução da poupança reside sobretudo na diminuição do rendimento disponível, que diminuiu 1% no ano terminado em Dezembro. Apesar de o consumo das famílias ter caído, a quebra foi inferior à que se registou nos rendimentos. Conclusão: os fundos retidos pelas famílias, depois de investimentos (compra de habitação, por exemplo) não ultrapassaram os 4,2% do PIB, menos 0,4 pontos percentuais que em 2010. Apesar disto, a economia portuguesa no seu conjunto registou um ajustamento muito substancial. 
O défice externo, dado pela diferença entre a produção efectiva e a despesa interna, caiu de 8,3 para 5,1% do PIB. Este é o valor mais baixo desde 2003, quando a economia portuguesa esteve em recessão. E é inferior à meta que estava implícita no Programa de Ajustamento Económico e Financeiro (PAEF) assinado com a troika. Isto porque a evolução dos saldos dos restantes sectores foi mais do que suficiente para contrariar a tendência registada nas famílias. 
O maior contributo acabou por vir mesmo do Estado, que reduziu o seu défice de 9,8 para 4,2% do PIB – em parte, por causa da integração de quase 6000 milhões de euros de fundos de pensões da banca. As empresas também melhoraram o seu défice global, que passou de 5,3% para 4,8%. A maior parte deste corte foi feito através de uma expressiva diminuição do investimento. 


 * Ainda ninguém falou sobre o número de famílias que se desfazem por causa da crise.


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