27/02/2012




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Nobel da Paz 2012 tem 231 candidaturas

Ativistas da Rússia, Bielorrússia e Cuba e também o soldado Bradley, acusado de fornecer ao site WikiLeaks milhares de documentos classificados, contam-se entre as 231 candidaturas apresentadas ao Nobel da Paz de 2012, foi anunciado esta segunda-feira.

«Como sempre, há os habituais candidatos das 'nomeações' e recém-chegados, famosos e desconhecidos, oriundos de todos os cantos do mundo», declarou o diretor do Comité Nobel Norueguês, Geir Lundestad.

Com 188 indivíduos e 43 organizações, a lista dos candidatos está próxima do recorde estabelecido no ano passado, uma edição que registou 241 candidaturas. Três mulheres foram distinguidas com o Nobel da Paz: as liberianas Ellen Johnson Sirleaf e Leymah Gbowee e a iemenita Tawakkol Karman.

Os «nomeados» podem ser propostos por deputados e ministros, membros de algumas instâncias internacionais, professores universitários e antigos laureados.

A lista dos candidatos é mantida secreta durante 50 anos, a menos que os padrinhos decidam anunciar publicamente a identidade do proposto.

Entre os candidatos deste ano, destacam-se ainda o antigo Presidente dos Estados Unidos Bill Clinton, o ex-chanceler alemão Helmut Kohl, artesão da reunificação alemã, e uma outra antiga chefe do Governo, a ucraniana Julia Timochenko, atualmente a cumprir sete anos de prisão.

Nesta lista, está também o soldado norte-americano Bradley Manning, que aguarda julgamento detido e é acusado de entregar 260.000 telegramas classificados do Departamento de Estado ao site WikiLeaks.

Com grande impacto mundial, o Nobel não está livre de polémicas, como em 2009 quando o prémio foi atribuído a Barack Obama, alguns meses depois de ter sido investido na presidência dos EUA.

As autoridades suecas encarregadas de garantir a conformidade das decisões das fundações Nobel com os testamentos que levaram à criação do prémio estão presentemente a investigar se o Comité Nobel Norueguês está a desempenhar corretamente a tarefa atribuída, há mais de um século, pelo sueco Alfred Nobel.

No testamento redigido em 1895, Alfred Nobel queria que o prémio recompensasse «a personalidade que mais ou melhor terá contribuido para a aproximação dos povos, a supressão ou redução dos exércitos permanentes, a reunião ou a propagação de congressos pacifistas».

«Temos pressa que o debate seja concluído», afirmou Lundestad. «As discussões prolongam-se há vários anos e não resultaram em nada de muito útil», sublinhou.

O Nobel da Paz é o único que anunciado e entregue em Oslo, na Noruega, e vai ficar a conhecer-se em outubro. O prémio é, por tradição, entregue a 10 de dezembro, data da morte de Alfred Nobel, inventor da dinamite.


* Uma pena haver tanto folclore.


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