HOJE NO
"PÚBLICO"
Nova vaga de ataques informáticos aos sites do Parlamento, PSP e Finanças
LulzSec Portugal já pirateou hospitais,
ministérios, partidos e até o SIS. Ontem foi
a vez do site do Parlamento. A PJ investiga
ministérios, partidos e até o SIS. Ontem foi
a vez do site do Parlamento. A PJ investiga
Repetidos ataques de piratas informáticos ligados a um grupo intitulado LulzSec Portugal fizeram com que diversos serviços da PSP tenham ficado inoperacionais na noite de segunda-feira. Os ataques deste grupo radical, que afirma estar a retaliar devido a agressões sofridas durante a manifestação do dia 24, em Lisboa, também já chegaram a outras instituições, como o Hospital da Cruz Vermelha, o Portal das Finanças e, ontem mesmo, o site do Parlamento, que esteve em baixo algumas horas mas voltou a estar disponível pouco antes das 23h, mas com interrupções. A Polícia Judiciária (PJ) investiga.
Alguns directores da PSP contactaram, na noite de segunda-feira, diversos dirigentes sindicais akongorhando-os a não disponibilizarem nos respectivos sites informação pessoal (sobretudo contactos) susceptível de ser pirateada. Algum tempo depois deste aviso, o portal social da PSP, onde os polícias podem, por exemplo, consultar os boletins de vencimento e o correio electrónico para o exterior eram "deitados abaixo". De acordo com fontes policiais, o problema terá sido solucionado sem que se tivessem verificado "transtornos graves".
Durante a manhã de ontem, a PSP havia reconhecido que existiram tentativas externas de intromissão no seu site institucional, as quais não haviam surtido efeito. Os ataques dos piratas informáticos, que já duram há alguns meses, também já atingiram o Ministério da Administração Interna (MAI), o SIS, pelo menos três partidos políticos e a RTP.
Os ataques causaram ainda danos no Sindicato Nacional da Carreira de Chefes (SNCC) da PSP. A página na Internet foi modificada e foi copiada, e mais tarde difundida, uma listagem de associados com os respectivos contactos telefónicos. Foi, de resto, um acto idêntico ao que no domingo culminou com a divulgação de dados pessoais de 107 polícias ao serviço de três esquadras na zona de Chelas, Lisboa.
O presidente do SNCC, Manuel Gouveia, anunciou entretanto que vai ser apresentada queixa contra os piratas informáticos. Estes, por sua vez, continuam a utilizar contas no Twitter para lançarem novos ataques. Nos últimos dias sucederam-se ordens como "Abram fogo psp.pt", "Ataque começou, abram fogo portaldasfinanças.gov.pt" ou "O alvo será mudado para a PSP devido às detenções nas manifestações. Ataque ao Portal das Finanças terminado. Duração duas horas".
O LulzSec Portugal diz que a decisão de piratear sites informáticos de diversas instituições, sobretudo da PSP, foi uma "resposta aos ataques de mais de 50 "agentes provocadores" infiltrados na manifestação". O mesmo grupo anunciou ontem que está a preparar novos ataques informáticos e de divulgação de dados, numa operação de grande escala com data marcada para 1 de Dezembro. A investigação dos ataques compete à PJ que, através de inspectores especializados a trabalharem na área da corrupção e crime económico, estará já a efectuar diligências para identificar os elementos do LulzSec Portugal.
Entretanto, e numa iniciativa que pretendeu endereçar culpas à PSP por causa dos incidentes verificados na manifestação do dia 24, em frente à Assembleia da República, a plataforma 15 de Outubro, que convocou os protestos, voltou a negar o seu envolvimento nos ataques informáticos e acusou o Governo de estar "a construir uma narrativa de terror social que visa claramente criminalizar o movimento social e os efeitos da greve geral e da manifestação".
Sofia Rajado e João Camargo, dois dos responsáveis da plataforma, disseram ontem, durante uma conferência de imprensa realizada junto ao MAI, que a acção da polícia durante a manifestação se caracterizou pela utilização de violência e até pelo incitamento, supostamente por polícias que trajavam à civil, para a prática de distúrbios.
PSP será mais dura
O director nacional da PSP, Guedes da Silva, admitiu ontem que a polícia possa ser mais dura e violenta na repressão a criminosos e a grupos de contestatários como, por exemplo, aqueles que, no passado dia 24, junto à Assembleia da República, se envolveram com os polícias ali destacados.Citado pela agência Lusa, Guedes da Silva, que alerta para um aumento da criminalidade face à crise económica, adiantou que a PSP possui equipamento para reprimir os grupos contestatários e os delinquentes e que esse material pode e deve ser utilizado.
* Que a privacidade do cibernauta básico com nós, apesar de ser um direito, é uma léria, toda a gente sabe.
O que se está a passar com a "invasão" a sites das forças de segurança ou de orgãos de soberania não é pirataria, é terrorismo.
É dever de quem desconfie de um hacker denunciá-lo, está em causa a segurança de todos.
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