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"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Eurogrupo admite incapacidade
para reunir um bilião de euros
para "blindar" o euro
Os ministros das Finanças da Zona Euro chegaram a acordo sobre uma parte da alavancagem do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF), que passará a oferecer "seguros" contra o risco de obrigações soberanas do euro. Mas foram forçados a admitir que ainda não conseguiram chegar ao bilião de euros que julgam necessário para proteger a moeda única. Para isso é preciso a ajuda do FMI.
O FEFF tem actualmente a capacidade de disponibilizar 440 mil milhões de euros, mas terá de ser capaz de alavancar este valor em mais 250 mil milhões de euros, revela um comunicado hoje divulgado pelo FEEF e citado pela Bloomberg.
E apesar de Klaus Regling não ter avançado com um valor final da capacidade do FEEF, considerando que era impossível saber, Jean-Claude Juncker, presidente do Eurogrupo, revelou, em conferência de imprensa, que a capacidade do FEEF será inferior a um bilião de euros.
As opções estão “desenhadas para aumentar a capacidade do FEFF para que os novos instrumentos disponíveis possam ser usados eficientemente”, afirma Klaus Regling (na foto), presidente do FEEF, citado no comunicado.
O acordo a que hoje os ministros das Finanças chegaram inclui um “seguro”. O FEEF poderá emitir certificados que vão oferecer uma protecção sobre as novas emissões de obrigações por parte de estados-membros, explica o comunicado.
Juncker revelou ainda que a Zona Euro vai analisar a possibilidade de impulsionar os recursos do Fundo Monetário Internacional (FMI) através de empréstimos bilaterais. “Acordámos explorar rapidamente um aumento dos fundos do FMI através de empréstimos bi-laterais”, para que desta forma “o FMI possa de forma adequada” acompanhar a alavancagem do FEEF “e cooperar mais de perto” neste processo, adiantou durante uma conferência de imprensa após a reunião dos ministros das Finanças da Zona Euro.
Uma das vias que tem sido explorada nos bastidores passa por o Banco Central Europeu (BCE) abrir uma linha de financiamento para o FMI, passando a ser este a intervir directamente na Zona Euro. Mas a Alemanha e o Bundesbank têm levantado objecções.
* Eis o resultado da arrogância franco-germânica, arrogância revelada ineficaz e com o Obama do outro lado a esfregar as mãos de contente.
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