09/11/2011



HOJE NO
"O PRIMEIRO DE JANEIRO"

Julgamento do processo Face Oculta prossegue em Aveiro com audições
Seis arguidos falam hoje
Seis dos 36 arguidos no caso Face Oculta, que 
ontem começou a ser julgado, vão hoje prestar declarações no Tribunal de Aveiro.

O antigo ministro Armando Vara, o ex-presidente da REN, José Penedos, e o seu filho Paulo Penedos vão prestar declarações hoje, na segunda sessão do julgamento do processo Face Oculta. Além destes, também os arguidos Lopes Barreira, empresário e fundador da Fundação para a Prevenção e Segurança Rodoviária, José António Contradanças, administrador da IDD - Industria de Desmilitarização e Defesa, e André Oliveira, militar da GNR, dispuseram-se a falar ao tribunal.
Antes, na sessão da manhã, o advogado de Paulo Penedos, Ricardo Sá Fernandes, considerou 'inadmissível', que o caso seja julgado com base em escutas feitas ao seu cliente, mas sem as que têm que ver com José Sócrates.
'A defesa, o juiz de instrução e o Ministério Público entendem que esses produtos deviam estar neste processo, mas infelizmente o presidente do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), que não conhece o processo, ordenou a destruição das escutas', frisou.
Sá Fernandes referiu-se a esta decisão como 'parte do pecado original de que este processo não se livrará',
Por seu lado, o advogado de Armando Vara louvou a presença na sala de audiências do 'pai da criança', referindo-se aos procuradores do Ministério Público Marques Vidal e Carlos Filipe, responsáveis pela acusação.
Tiago Rodrigues Bastos considerou ainda que a acusação 'é falaciosa', e disse esperar que o tribunal possa dizer qual o entendimento 'meramente jurídico', sobre os factos.
O advogado de José Penedos também criticou duramente quem investigou, acusou e pronunciou neste processo, considerando que foi 'construído com base em escutas a partir de suposições',
Rui Patrício disse que as escutas 'não servem para nada',
'Não há elemento de prova. A investigação esteve sentada com auscultadores e depois supôs e romanceou', frisou.
O causídico considerou ainda que a acusação em relação a José Penedos é 'negra e vazia',
Já o advogado de Manuel Godinho, o principal arguido no caso, defendeu que a fase de disposições introdutórias 'não serve para nada e é uma perda de tempo', considerando ainda que a acusação 'não tem consistência',
O procurador do Ministério Público, Marques Vidal, exibiu uma apresentação em «power point» com os dados da acusação, nomeadamente os crimes imputados a cada um dos arguidos e o «modus operandi». O procurador revelou ainda fotografias da entrega de viaturas por parte de Manuel Godinho aos arguidos Paulo Costa e Paiva Nunes.


* O processo poderia naturalmente chamar-se        "Faz-se às Claras"

,

Sem comentários: