HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
Recessão mais profunda em 2012
A economia vai resvalar mais do que o previsto em 2012 e a recessão irá agravar-se para 3%, acima dos 2,8% inicialmente estimados pelo Governo. Este novo cenário foi ontem reconhecido pelo ministro das Finanças, Vítor Gaspar, no Parlamento, durante o debate na especialidade do Orçamento do Estado.
Apesar do agravamento das condições económicas, o governante disse ainda que este ano o PIB deverá cair apenas 1,6%, e não 1,9% como estimava o Executivo. As duas alterações serviram de justificação a Vítor Gaspar para desvalorizar o impacto das medidas de austeridade na actividade económica. "Dado que os ajustes são da mesma ordem de grandeza e de sinal contrário, o efeito nas previsões macroeconómicas que integram o Orçamento é muito pequeno", sublinhou o ministro.
Vítor Gaspar fez ainda questão de deixar claro ao PS que "para discutir alterações [às medidas de austeridade] é necessário que a diminuição de receitas seja compensada pela diminuição de despesa ou pelo aumento de receita". E lembrou que a regra de corte de 2/3 na despesa do Estado e 1/3 do lado da receita "é ponto de honra e importante para os parceiros internacionais que seja respeitada".
Aos funcionários públicos, que juntamente com os pensionistas vão sofrer cortes nos subsídios de férias e Natal do próximo ano, Vítor Gaspar teceu rasgados elogios ao empenho que permitiu ao País passar na avaliação da troika.
Hoje, o PS apresenta propostas de alteração ao Orçamento que contemplam, além da devolução de um subsídio aos trabalhadores do Estado e reformados, um aumento em 5% sobre o IRS de montantes superiores a 500 mil euros. Na direita, PSD e CDS preparavam ontem propostas conjuntas.
A execução orçamental de Outubro, cuja divulgação estava prevista para ontem a meio da tarde, foi atrasada em virtude do debate parlamentar .
GOVERNO RECUA NA ALTERAÇÃO DAS TABELAS SALARIAIS
O Governo recuou na intenção de alterar as tabelas salariais dos funcionários públicos. Depois de na sexta-feira o secretário de Estado Hélder Rosalino ter anunciado que o Governo iria "preparar, até ao final de 2012, uma revisão dos escalões salariais do sector público", fonte oficial do Ministério das Finanças assegurou ontem que "o Governo não tem intenção de mexer nas tabelas salariais da Função Pública" e que "não haverá cortes" nem "mexidas nas tabelas".
* Estamos na eminência de mais assaltos...
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