25/10/2011


HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
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"Só vamos sair desta situação empobrecendo"

Passos Coelho advertiu hoje para a inevitabilidade de no sector público, mas também no privado, se terem de cortar custos, o que significará salários e níveis de vida mais baixos. Optar por aumentar impostos, em vez de cortar despesa com salários, poderia ter sido fatal para Portugal, disse.

O primeiro-ministro admitiu abertamente esta manhã que Portugal só vai conseguir ultrapassar a crise em que mergulhou mediante uma redução de custos, para permitir reduzir a dívida pública mas também a privada, que levará a um empobrecimento “relativo e até absoluto” da sociedade portuguesa.

Falando numa conferência organizada pelo “Diário Económico”, Pedro Passos Coelho advertiu que “só vamos sair desta situação empobrecendo em termos relativos e mesmo em termos absolutos, porque o PIB está a cair”.

O primeiro-ministro insistiu, porém, que essa é uma etapa inevitável para que o país possa ser relançado numa trajectória de crescimento económico.

“Estamos a fazer isso para relançar o crescimento e não para ficar no ‘buraco do orçamento’. O que estamos a fazer é para sair da recessão, não é para agravar a recessão”.

Passos Coelho assegurava que esse é o objectivo último do Governo depois de terem explicado as três razões que levaram o Executivo a optar por cortar salários e subsídios no sector público, em vez que agravar a fiscalidade sobre todos os portugueses.

Em vésperas da reunião do Conselho de Estado, que Cavaco Silva convocou para esta tarde, e num recado implícito ao Presidente da República, o primeiro-ministro admitiu que havia "tecnicamente" outras alternativas, mas que não eram "credíveis" nem "desejáveis".

"Nós não temos nenhum prazer em penalizar seja quem for" e "podíamos ter aumentando os impostos para todos". Mas, acrescentou, isso era aumentar a receita e não cortar a despesa, e seria externamente visto como o caminho errado. "Podíamos ver o nosso programa de ajuda financeira morrer em Novembro", disse.

O primeiro-ministro advertiu ainda que subir a carga fiscal para todos significaria "sobrecarregar" a parte privada da economia de onde se espera venha a retoma. Além do mais, disse, também o sector privado vai ser forçado a fazer ajustamentos e reduzir custos. "Muitas pessoas que trabalham nestas empresas sabem vão perder o emprego. Não podemos ser cínicos nesta matéria".


* "Empobrecimento relativo e até absoluto" parece-nos que não foi com esta frase que o actual Primeiro-ministro, usou para grangear a confiança dos portugueses no último acto eleitoral. Lembramo-nos de frases de outra índole, optimista q.b..
Agora é à bruta, mas é para todos?
- É para os que têm cartão de crédito financiado pelo Estado e utilizado para compras privadas?
- É, como aquele secretáro-geral dum ministério que não cedeu o carro que lhe está distribuído porque o motorista tinha de ir buscar o menino à faculdade, para limitar o uso dos carros do Estado?
- É para que as refeições em restaurantes de luxo que os políticos frequentam, sejam pagos pelos próprios?
- É para que os telemóveis não sejam utilizados para ligar ao conjuge, ao namorado/a, ao amante e o Estado a pagar, mas apenas para trabalhar?
- É para os que fazem desdobramentos de passagens aéreas e o Estado a pagar.
- É para quem tem acesso a transportes públicos gratuitos e ganham mais de dez vezes o salário mínimo mesmo reformados?

Que importa a idoneidade de Vítor Gaspar, Santos Pereira, Mota Soares, Paulo Macedo e mais outros, se na hierarquia do Estado impera o nepotismo nos patamares inferiores que controlam e promovem a "taxaria"?

- Sr Primeiro-ministro, ANDAM A ROUBAR OS PORTUGESES MESMO DEBAIXO DO SEU OLHAR!

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