Risco de Alemanha, França, Itália e Espanha toca em máximos históricos
É mais barato fazer um seguro contra o incumprimento de Hong Kong, Austrália e Nova Zelândia do que da Alemanha. Custo para seguro à dívida portuguesa é o que mais sobe entre os países desenvolvidos.
O risco das maiores economias da Zona Euro tocou hoje em máximos históricos. Pagar para ter protecção contra o incumprimento da Alemanha, França, Itália e Espanha nunca foi tão caro.
A indicação do risco da dívida é dada pelos “credit-default swaps” (CDS), seguros que protegem os investidores contra o incumprimento da dívida, neste caso de dívida soberana. Estes títulos mostram a percepção que o mercado tem de que o serviço da dívida que está a ser segurada vai ser cumprido.
A Reserva Federal norte-americana (Fed) lançou ontem uma operação (Twist), cujo objectivo é baixar os custos de financiamento do país e revitalizar a economia, que enfrenta “riscos significativos de contracção”.
Essa afirmação trouxe pessimismo para os mercados financeiros. “Obviamente que eles [a Fed] usaram uma linguagem muito negativa mas o que esperavam que eles dissessem para justificar um pacote de 400 mil milhões de dólares?”, afirmou à Bloomberg Gary Jenkins, responsável de crédito da Evolution Securities.
De acordo com o índice Markit iTraxx, os contratos da Alemanha sobem 6 pontos e alcançaram os 105,5 pontos, um máximo histórico. Entre os países desenvolvidos, os CDS de Austrália, Finlândia, Hong Kong e Nova Zelândia têm um menor custo. O dos EUA está nos 53,3 pontos.
O custo para segurar a dívida soberana de França atingem os 201 pontos, ao ganhar 9,6 pontos. Em Espanha, a subida é de 20 pontos para 551,67 pontos, ao passo que os títulos italianos avançam 23 para 545. Todos eles estão em valores nunca antes registados.
Ainda assim, o maior progresso é registado por Portugal, cujos CDS estão a avançar 33,74 pontos para 1.174,89. O maior custo neste grupo de países é da Grécia, que está nos 3.535,66 pontos, a recuar, ainda assim, mais de 1.000 pontos.
* Afinal a raínha, Merkell, e o rei Sarkozy, também estão com uma mão atrás e outra à frente, moralidades...
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