Empresários pedem
“liderança clara” na diplomacia
Alguns nomes defendem que a nova estrutura
deve estar mais próxima do ministro da Economia.
A necessidade de uma forte liderança na diplomacia económica portuguesa é o denominador comum nos comentários que o Diário Económico recolheu junto de empresários, que pedem precisamente maiores sinergias entre a AICEP e as embaixadas.
O presidente da Amorim Turismo, Jorge Armindo, considera que todas as instituições "incluídas nos modelos apresentados se interligam. Contudo, a diplomacia económica é a única área em que o Ministério dos Negócios Estrangeiros pode ter um papel de liderança". Ao Diário Económico, Jorge Armindo acrescenta que as restantes áreas de apoio à internacionalização da economia "devem ficar sob a alçada do Ministério da Economia". Contudo, chama a atenção para a necessidade de "uma liderança clara e muito forte, seja qual for o modelo escolhido pelo Governo, ou as coisas não marcham".
Já Henrique Neto, empresário e antigo deputado socialista, levanta as suas dúvidas: "este não deve ser um grande avanço. Seis propostas... até devem baralhar o primeiro-ministro". E realça que a apresentação do modelo de diplomacia económica "mais parece tratar-se de uma certa disputa entre o PSD e o CDS. O documento apresenta propostas que têm em comum a liderança do primeiro-ministro em todo este processo, retirando algum protagonismo ao ministro dos Negócios Estrangeiros" e Neto espera que isso "não venha envenenar as relações entre os partidos da coligação".
* As relações entre partidos de coligação estão sempre envenenadas, é uma paz pôdre e "Diplomacia Económica" é mais um chavão com pouco efeito prático. Gostaríamos que Portugal fosse coerente nas suas relações externas, há pouco pudor quando se mantém relações excelentes com a ditadura angolana e se ataca a Líbia. Eduardo dos Santos faz muito pior que Kadhafi já para não falar como este e Mugabe foram principescamente recebidos , em Lisboa, na cimeira Europa/África, ou à data eram democratas???
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