INE revê em alta impacto do “buraco”
financeiro da Madeira
As dívidas que a Madeira omitiu levaram hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE) a rever o défice de 2010 de 9,1 para 9,8 por cento do produto interno bruto (PIB), no procedimento de défices excessivos.
Face às estimativas que o INE e o Banco de Portugal adiantaram a 16 de setembro, os dados hoje divulgados reveem em alta o impacto da dívida da Madeira imputável aos anos de 2008, 2009 e 2010, no valor total de 104,8 milhões de euros.
Para 2008, o défice português situou-se assim nos 3,6 por cento do PIB, contra estimativas anteriores de 3,1 por cento, que o INE divulgou em abril, enquanto o défice de 2009 passou de 10 por cento do PIB para os 10,1 por cento.
Face aos cálculos do INE de abril, o défice de 2010 foi o que sofreu assim, a maior revisão, de 9,1 por cento para os 9,8 por cento.
O ano passado foi também aquele em que o INE fez a maior revisão em alta do “buraco” da Madeira, no valor de 59,7 milhões de euros, dos 915,3 milhões previstos a 16 de setembro, para o atual valor de 975 milhões.
Para 2008, de acordo com o INE, o valor que Madeira omitiu foi de 174,7 milhões de euros, face às estimativas anteriores de 139,7 milhões de euros enquanto que, em 2009, o valor passou de 58,3 milhões para 68,4 milhões.
Face aos cálculos de abril, o INE reviu também em alta a dívida pública portuguesa em 2010, passando de 93 por cento do PIB, para 93,3 por cento.
Para 2008 e 2009 mantém-se o peso da dívida face ao PIB, que foi de 71,6 por cento em 2008 e de 83 por cento em 2009.
Para 2011, o INE prevê que a dívida ultrapasse toda a riqueza produzida em Portugal no ano, atingindo os 100,8 por cento do PIB, com o défice previsto a situar-se nos 5,9 por cento, o valor também previsto pelo Governo.
* Estamos feitos com as jardinagens
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