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Obama alerta para o risco de “uma crise económica provocada por Washington”
Num discurso à nação destinado a ganhar a opinião pública americana, Barack Obama alertou ontem para o risco de “uma crise económica profunda” se a dívida americana não for aumentada até ao próximo dia 2 de Agosto. Uma crise que “desta vez” seria “causada quase inteiramente por Washington”, acrescentou, evocando memórias do colapso financeiro de 2008
Sobre o impasse político que dura há meses opondo democratas e republicanos e que se intensificou nas últimas semanas, o Presidente americano disse: “Isto não é maneira de dirigir o maior país do mundo. É um jogo perigoso que nunca jogámos antes, e não nos podemos dar ao luxo de jogar agora”.
Falando a partir da Casa Branca, esta segunda-feira à noite, Obama culpou os republicanos pelo actual bloqueio, apesar de se dizer “confiante” num acordo entre os dois partidos. Mais uma vez, o Presidente americano pediu aos conservadores para colocarem as rivalidades políticas de lado e agirem no interesse do país. “Não podemos permitir que o povo americano se torne num dano colateral da guerra política em Washington”, afirmou.
Foi a primeira vez que um Presidente americano se dirigiu ao país sobre o aumento da dívida americana. Como Obama lembrou, o aumento do plafond que permite ao governo americano continuar a pedir empréstimos para saldar as suas contas públicas foi sempre rotina no passado. “Desde os anos 1950, o Congresso aprovou sempre [o aumento] e todos os presidentes assinaram. O Presidente Reagan fê-lo 18 vezes. George W. Bush fê-lo sete vezes”, disse, destacando dois antecessores republicanos.
* "Crise profunda" ou procurar sítio para "inventar uma guerra" para a indústria de armamento não colapsar???
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