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Hipertensão resistente a medicamentos
já tem cirurgia em Portugal
Os primeiros doentes portugueses com hipertensão resistente aos medicamentos foram, segunda-feira, sujeitos a uma cirurgia no Hospital de Santa Cruz, pioneira em Portugal, que lhes permitirá controlar a tensão arterial e baixar o risco de trombose e enfarte.
Trata-se de um tratamento "relativamente recente" que se realiza apenas em alguns centros europeus, sendo pioneiro em Portugal e na Península Ibérica, e está reservado aos doentes que não conseguem baixar os níveis da tensão arterial, mesmo quando tomam seis a oito comprimidos diários, como explicou à Lusa o cardiologista Manuel Almeida.
Este responsável da unidade de intervenção cardiovascular do Hospital de Santa Cruz (Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental) adiantou que para estes doentes que não conseguem controlar a hipertensão com medicamentos não existia, até agora, uma forma de controlar os níveis, vivendo por isso com "elevado risco de problemas cardiovasculares", como trombose e enfarte.
A alternativa tem pouco mais de um ano e consiste numa "técnica de desenervação renal por ablação".
Para concretizar a intervenção, os profissionais de saúde têm de ter acesso a uma artéria do rim, o que fazem através da virilha, cuja actividade é reduzida, conduzindo à redução da tensão arterial.
Dentro do tipo, este é um procedimento "minimamente invasivo" que necessita, contudo, de equipamento e salas especiais, além de material que, para já e devido à falta de concorrência, ainda é bastante caro, disse.
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