DIA MUNDIAL DO NATURISMO
19/06/11
O naturismo (não confundir com naturalismo) é um conjunto de princípios éticos e comportamentais que preconizam um modo de vida baseado no retorno à natureza como a melhor maneira de viver e defendendo a vida ao ar livre, o consumo de alimentos naturais e a prática do nudismo, entre outras atitudes.
Etimologia da palavra
A palavra naturismo provêm do francês naturisme, que é a doutrina filosófica que se baseia num modo de vida em harmonia com a natureza, caracterizado pela prática do nudismo em grupo, que tem por intenção favorecer o auto-respeito, o respeito pelo outro e o cuidado com o meio ambiente.
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História
Difundido a partir do período de entreguerras em alguns países da Europa, especialmente Alemanha e Países Baixos, o naturismo chegou ao Brasil e se notabilizou pela sua prática mais marcante: o nudismo. Em Portugal foram oficializadas algumas praias para a prática do nudismo no entanto, esta prática acontece de forma livre em muitas outras praias do país de forma mais ou menos generalizada e aceite, em particular em zonas mais afastadas dos restantes banhistas.
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Mitologia judaico-cristã e muçulmana
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Segundo o relato do Gênesis, “tanto o homem como a mulher estavam nus e não se envergonhavam.” (Gên 2, 25). Mas, logo a seguir, não resistiram à tentação e pecaram. “Abriram-se então os olhos de ambos e reconheceram que estavam nus; coseram folhas de figueira e fizeram cinturões para si.” (Gên 3,7). A iconografia ocidental encarregou-se de ilustrar o contraste entre antes e depois da queda. Antes, Adão e Eva, no esplendor da beleza, viviam nus no paraíso. Depois, constrangidos, procuram ocultar os órgãos genitais. Na interpretação da exegese, oficializada pela Igreja, isso ocorreu devido ao despertar da concupiscência, primeira manifestação da desordem que o pecado introduziu na harmonia da criação.
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Idade Antiga
Do século II até o final do IV, os romanos, sem excluir os cristãos, banhavam-se comunalmente nus em banhos públicos, com homens e mulheres banhando-se juntos. Na Grécia antiga era comum a prática de esportes ocorrer sem nenhuma peça de roupa. Algum do sentido de pudor que hoje vemos disseminado na sociedade moderna foi essencialmente legado que as religiões nos deixaram ao longo dos tempos.
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Tempos modernos
O naturismo moderno surgiu no início do século 20, na Alemanha e França. Na França (especificamente na Ilha do Levante) foi criada pelos irmãos Duvalier uma "Clínica Helioterapêutica" onde se pregava que a nudez ao ar livre com alimentação natural (sem nenhum produto animal, drogas, cigarros e bebidas) e contato com outras pessoas ajudava na cura de todos os males físicos.
Na Alemanha, que é tida como verdadeiramente a iniciadora do naturismo, um professor de educação física (Adolf Koch) propôs aos seus alunos que estes deveriam fazer os exercícios ao ar livre e sem roupas. Depois de algum tempo, os jovens deste professor passaram a serem mais corados, ter mais saúde e alegria, as famílias dos mesmos vendo as mudanças inclusive comportamentais dos mesmos resolveram aderir aos exercícios e criaram o que a princípio foi chamado de nudismo (a alteração de nome só foi feita na década de 50). No ano de 1906, surge nesse mesmo país o primeiro campo oficial para a prática do naturismo. Nessa época, alem dos exercícios ao ar livre em completa nudez, havia também uma grande preocupação com a alimentação, que deveria ser saudável, geralmente baseada no vegetarianismo.
Na Alemanha, que é tida como verdadeiramente a iniciadora do naturismo, um professor de educação física (Adolf Koch) propôs aos seus alunos que estes deveriam fazer os exercícios ao ar livre e sem roupas. Depois de algum tempo, os jovens deste professor passaram a serem mais corados, ter mais saúde e alegria, as famílias dos mesmos vendo as mudanças inclusive comportamentais dos mesmos resolveram aderir aos exercícios e criaram o que a princípio foi chamado de nudismo (a alteração de nome só foi feita na década de 50). No ano de 1906, surge nesse mesmo país o primeiro campo oficial para a prática do naturismo. Nessa época, alem dos exercícios ao ar livre em completa nudez, havia também uma grande preocupação com a alimentação, que deveria ser saudável, geralmente baseada no vegetarianismo.
Após a segunda guerra mundial, o naturismo começou a se difundir, não só na Europa, mas também nos Estados Unidos. Hoje são poucos os países que ainda não possuem adeptos do movimento.
Em 1974 a Federação Internacional de Naturismo (INF) definiu os princípios naturistas, que é a definição atual de Naturismo adotada por todas as entidades naturistas do mundo:
“Um modo de vida em harmonia com a natureza, caracterizado pela prática do nudismo em grupo, que tem por intenção favorecer o auto-respeito, o respeito pelo outro e o cuidado com o ambiente.”
"Qual a relação entre nudez coletiva e desenvolvimento do indivíduo?".
A resposta dos naturistas está no conceito de "aceitação do corpo", ou seja, na descoberta de que o corpo humano é um todo não havendo partes honrosas e partes indecorosas. Os naturistas, ao conviverem com a nudez do próximo não são chocados nem agredidos pelo corpo e sentem que o respeito é possível mesmo sem artifícios. Entrando em contato com a própria essência e deixando para trás o que é acessório. Para os naturistas somos todos iguais, apesar das diferenças.
A resposta dos naturistas está no conceito de "aceitação do corpo", ou seja, na descoberta de que o corpo humano é um todo não havendo partes honrosas e partes indecorosas. Os naturistas, ao conviverem com a nudez do próximo não são chocados nem agredidos pelo corpo e sentem que o respeito é possível mesmo sem artifícios. Entrando em contato com a própria essência e deixando para trás o que é acessório. Para os naturistas somos todos iguais, apesar das diferenças.
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Ética naturista
Em Portugal
Segundo a Federação Portuguesa de Naturismo ferem os princípios da ética naturista, entre outras, as seguintes situações:
- Circular em recintos naturistas usando roupa, salvo se situações climáticas ou higiénicas o aconselhem.
- Agir de maneira desrespeitosa e/ou agressiva com quem quer que seja, em qualquer situação.
- Praticar ou indiciar actos de carácter sexual ou obscenos.
- Fotografar gravar ou filmar qualquer indivíduo ou grupo, sem permissão destes e/ou da entidade responsável pelo local.
- Constranger outros naturistas com gestos, palavras ou atitudes que tenham conotação sexual ou outras que manifestem falta de civismo.
- Utilizar instrumentos sonoros de forma a que possam interferir na tranquilidade alheia.
- Satisfazer necessidades fisiológicas em locais ou condições inapropriadas.
- Apresentar-se em condições influenciadas pelo uso excessivo de bebidas ou de drogas, prejudicando a harmonia social.
- Comer, beber e/ou deixar lixo fora dos locais apropriados.
- Praticar, em geral, qualquer acto que venha a perturbar a boa harmonia social existente, nomeadamente as que recorram a atitudes voyeuristas, exibicionistas ou provocatórias.
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Naturistas cristãos
Os naturistas cristãos são os cristãos que praticam o naturismo ou o nudismo, e são uma parte do movimento naturista/nudista. Crêem que o corpo humano foi a maior criação de Deus, portanto não pode ser vergonhoso nem precisa ser escondido. Naturistas cristãos podem ser encontrados em quase todas as denominações da cristandade, e não encontram nenhum conflito com os ensinos da Bíblia, vivendo as suas vidas e adorando a Deus sem nenhuma roupa. Entretanto a maioria tem vários desacordos com a filosofia da Nova Era e o humanismo que é comum entre os outros naturistas. Isto inclui a rejeição absoluta de todas as forams de adoração à natureza.
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Jardim do Éden
Segundo o relato do livro de Gênesis, Adão e Eva moravam no Jardim do Éden como cônjuges. Entretanto comeram a fruta que Deus proibiu, persuadidos pelo diabo na forma de uma serpente. Então os seus olhosfolhas de figueira para confeccionar roupas primitivas. Mesmo assim, ao perceberem a aproximação de Deus, procuraram esconder-se dEle entre as árvores.
Alguns naturistas cristãos acreditam que foi o diabo, não Deus, quem disse-lhes que estavam nus. Segundo esta linha, o diabo teria escolhido os órgãos sexuais como a área da vergonha porque, ao contrário do Deus, não tem nenhuma habilidade para criar vida. Nem teria sido a vontade de Deus que Adão e Eva usassem roupas, mesmo que pecassem. Ainda assim, Deus não despiu-lhes das suas folhas de figueira; ao invés disso respeitou-lhes o livre-arbítrio e fez-lhes roupas de pele de animais, o que implica num sacrifício de sangue. Entretanto depois da crucificação de Jesus o sacrifício de animais tornuo-se desnecessário para a expiaçãoclimacobiça da carne pode ser evitada por meio do poder de Deus.
Outros naturistas cristãos simplesmente entendem que o que o relato do Gênesis mostra é que Deus, em Sua eterna e perfeita santidade, criou o ser humano nu; e ao analisar Sua criação (o que inclui a nudez humana) declarou que tudo era "muito bom". Foi o ser humano, em seu estado de pecado, cheio de remorso, malícia e culpa quem "inventou" a vergonha do corpo e com ela a "necessidade" de cobri-lo.
Uma terceira linha de raciocínio enxerga o relato do Gênesis como uma alegoria, onde as figuras apresentadas (o primeiro casal, a nudez deles, a árvore de frutos proibidos, a serpente, as vestes de folhas de figueira, as vestes de peles, etc) simbolizam verdades mais profundas que seriam difíceis de expressar na época em que o texto foi produzido. Uma evidência neste sentido é o fato de que a vergonha quanto ao corpo não seja uma característica universal inerente à nature
WIKIPÉDIA
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Desde 1978 com a entrada em vigor da actual Carta Constitucional já se podía deduzir que o nudismo passava a ser mais uma das nossas liberdades.
Mas ainda arrastávamos legislação contrária ao nudismo em público, herdada do período franquista. Assim existia ainda o delito de escandalo público, que penalizava o nudismo, o que ao ser contrário à Constituição levou a que se estabelecessem zonas autorizadas, onde o nudismo podia practicar-se livremente sem o temor a possíveis sanções. Este delito foi modificado em 1989 suprimindo as consideracões de índole moral, de forma que se ajustasse à Constituição.
Todas as autorizações de praias ou de zonas naturistas baseavam-se numa legislação contrária à Constituição corrigida em 1989 e que posteriormente desapareceu em 1995 com a aprovação do actual Código Penal, no qual o referido delito já não é considerado como tal. De este modo todas as autorizacões, e proibicões, são contrárias à Constituição e constituem uma discriminação.
É surpreendente que as autorizações que permitiram aos primeiros nudistas disfrutar de espaços nos quais não arriscariam enfrentamentos com a justiça, sejam posteriormente o principal argumento que se utiliza contra o nudismo. O que se pretende com tal argumento é que como existem praias autorizadas, no resto das praias não está autorizado, logo está proibido, o que é falso!
Neste momento o nudismo é livre em qualquer espaço público e não requere nenhuma autorização.
São espaços públicos as praias, rios, lagos, campos, caminhos, estradas, ruas, praças, parques, etc..
Não são espaços públicos polidesportivos municipais ou locais comerciais abertos ao público (bares, lojas, etc.). Estes são espaços privados que podem ter as suas normas internas.
Sendo todas as praias espaços públicos, todas as praias são de uso livre.
Uma outra questão é o grau de aceitação social que este posicionamento tenha, e os problemas que com a práctica do nudismo possam advir derivados da opressão a que o nudismo se vê submetido numa sociedade maioritariamente textil.
O que é importante ter claro é que, segundo a legislação actual, o nudismo não pode ser limitado, nem sancionado e muito menos proibido.
Hipoteticamente isto pode alterar, já que bastaria que fosse feita uma lei para aplicar estas medidas, contudo esta nova lei seria contrária aos direitos fundamentais reconhecidos na Carta Magna e também colidiria com os da Declaração Universal de Direitos Humanos.
Temos que tomar consciência que o nudismo é uma filosofia de vida, uma ideologia, que somos um grupo, e além disso somos um grupo fortemente discriminado; temos que ser conscientes de que é uma mais das nossas liberdades e é totalmente ajustado à legislação vigente; Não se pode ser multado, e se o fôr, pode-se sempre interpor recurso; temos que estar preparados para denunciar e recorrer qualquer sanção ao nu, e com qualquer desenvolvimento legislativo que se realize com a intenção de cortar as nossas liberdades.
Somos um grupo social que, mesmo estando numa democracia, sofre uma grande discriminação em não poder expressar-nos com liberdade.
O nudismo fundamenta-se nos pilares básicos da própia democracia e do estado de direito:
• Na liberdade ideológica;
• Na não discriminação por razões ideológicas;
• Na não discriminação por razões pessoais;
• Na liberdade de expressão;
• Na liberdade de deambular por todo o território sem restricções,
• Na não subtração de liberdades com base em opiniões,
• No direito a educar a nossos filhos segundo a nossa moralidade (desde que esta se ajuste à lei... e o nudismo fá-lo),
• No direito à própia imagem e indumentária,
• E na não consideração de ilegal a tudo o não regulamentado; dita consideração de tudo o ilegal salvo o dito em contrário é própio de ditaduras e não de estados democráticos.
Até hoje ninguém apresentou um único argumento real contra o nudismo. Apela-se à estética, à elegância... que são argumentos que se anulam "per se". E fundamentalmente argumenta-se razões morais, estando a moral contemplada na Constituição, e protegida...
Concretamente estabelece-se a igualdade de morais e que nenhuma deve prevalecer sobre outra salvo, claro está, que uma de elas vá contra a própia lei, e o nudismo não o faz.
Nós temos liberdade de expressão, e podemos expressar o nosso nudismo, a nossa ideologia e filosofia de vida desde que não seja contra a lei... como não há lei que seja contra o nudismo, podemos expressar a nossa nudez livremente.
Mas ainda arrastávamos legislação contrária ao nudismo em público, herdada do período franquista. Assim existia ainda o delito de escandalo público, que penalizava o nudismo, o que ao ser contrário à Constituição levou a que se estabelecessem zonas autorizadas, onde o nudismo podia practicar-se livremente sem o temor a possíveis sanções. Este delito foi modificado em 1989 suprimindo as consideracões de índole moral, de forma que se ajustasse à Constituição.
Todas as autorizações de praias ou de zonas naturistas baseavam-se numa legislação contrária à Constituição corrigida em 1989 e que posteriormente desapareceu em 1995 com a aprovação do actual Código Penal, no qual o referido delito já não é considerado como tal. De este modo todas as autorizacões, e proibicões, são contrárias à Constituição e constituem uma discriminação.
É surpreendente que as autorizações que permitiram aos primeiros nudistas disfrutar de espaços nos quais não arriscariam enfrentamentos com a justiça, sejam posteriormente o principal argumento que se utiliza contra o nudismo. O que se pretende com tal argumento é que como existem praias autorizadas, no resto das praias não está autorizado, logo está proibido, o que é falso!
Neste momento o nudismo é livre em qualquer espaço público e não requere nenhuma autorização.
São espaços públicos as praias, rios, lagos, campos, caminhos, estradas, ruas, praças, parques, etc..
Não são espaços públicos polidesportivos municipais ou locais comerciais abertos ao público (bares, lojas, etc.). Estes são espaços privados que podem ter as suas normas internas.
Sendo todas as praias espaços públicos, todas as praias são de uso livre.
Uma outra questão é o grau de aceitação social que este posicionamento tenha, e os problemas que com a práctica do nudismo possam advir derivados da opressão a que o nudismo se vê submetido numa sociedade maioritariamente textil.
O que é importante ter claro é que, segundo a legislação actual, o nudismo não pode ser limitado, nem sancionado e muito menos proibido.
Hipoteticamente isto pode alterar, já que bastaria que fosse feita uma lei para aplicar estas medidas, contudo esta nova lei seria contrária aos direitos fundamentais reconhecidos na Carta Magna e também colidiria com os da Declaração Universal de Direitos Humanos.
Temos que tomar consciência que o nudismo é uma filosofia de vida, uma ideologia, que somos um grupo, e além disso somos um grupo fortemente discriminado; temos que ser conscientes de que é uma mais das nossas liberdades e é totalmente ajustado à legislação vigente; Não se pode ser multado, e se o fôr, pode-se sempre interpor recurso; temos que estar preparados para denunciar e recorrer qualquer sanção ao nu, e com qualquer desenvolvimento legislativo que se realize com a intenção de cortar as nossas liberdades.
Somos um grupo social que, mesmo estando numa democracia, sofre uma grande discriminação em não poder expressar-nos com liberdade.
O nudismo fundamenta-se nos pilares básicos da própia democracia e do estado de direito:
• Na liberdade ideológica;
• Na não discriminação por razões ideológicas;
• Na não discriminação por razões pessoais;
• Na liberdade de expressão;
• Na liberdade de deambular por todo o território sem restricções,
• Na não subtração de liberdades com base em opiniões,
• No direito a educar a nossos filhos segundo a nossa moralidade (desde que esta se ajuste à lei... e o nudismo fá-lo),
• No direito à própia imagem e indumentária,
• E na não consideração de ilegal a tudo o não regulamentado; dita consideração de tudo o ilegal salvo o dito em contrário é própio de ditaduras e não de estados democráticos.
Até hoje ninguém apresentou um único argumento real contra o nudismo. Apela-se à estética, à elegância... que são argumentos que se anulam "per se". E fundamentalmente argumenta-se razões morais, estando a moral contemplada na Constituição, e protegida...
Concretamente estabelece-se a igualdade de morais e que nenhuma deve prevalecer sobre outra salvo, claro está, que uma de elas vá contra a própia lei, e o nudismo não o faz.
Nós temos liberdade de expressão, e podemos expressar o nosso nudismo, a nossa ideologia e filosofia de vida desde que não seja contra a lei... como não há lei que seja contra o nudismo, podemos expressar a nossa nudez livremente.
IN "ene-naturismo.org/docu/legalidad_pt."
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