Fraude atinge 40% da despesa
do Estado com medicamentos
por Catarina Duarte e Lígia Simões
Num ano negro para a despesa do Estado com remédios, 40% é atribuída à fraude.
Do total das despesas do Estado com a comparticipação de medicamentos no Serviço Nacional de Saúde (SNS) em 2010, 40% é potencial fraude, conclui uma auditoria da Inspecção Geral das Finanças (IGF) ao sistema de prescrição e conferência de facturação de medicamentos do SNS.
De acordo com o relatório de actividades de 2010 da IGF, a que o Diário Económico teve acesso, "para um valor de comparticipação do SNS de três milhões de euros, cerca de 1,2 milhões de euros (40% daquele valor), foi identificado como potencialmente irregular". O total de despesas irregulares detectadas nos vários sectores do Estado soma 27 milhões de euros, a que acresce mais 52 milhões de euros não relevados contabilisticamente pelas entidades alvo de auditorias.
A IGF já tinha alertado em relatórios anteriores para a fraude no sector dos medicamentos, o motivou, aliás, participações da IGF ao Ministério Público.
Os valores agora apurados referem-se apenas a uma amostra de três milhões de euros, dos quais 1,2 milhões são identificados como irregulares. Ou seja, a fraude neste sector poderá atingir valores bem mais gravosos. Em 2010, a despesa do Estado com medicamentos vendidos nas farmácias chegou aos 1,6 mil milhões de euros.
IN "DIÁRIO ECONÓMICO"
22/06/11
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