28/11/2010

CARLOS ANJOS





Novos métodos

Ouvi as acusações feitas à PJ pelo Dr. Júdice. No rol de críticas, mistura ética, deontologia e crime, sendo que das acusações não resulta nada, a não ser algum incómodo pela investigação. Retive três situações; a apreensão de um passaporte. Mas será crime apreender um documento sem mandado do JIC? Claro que não. E tanto não é que a dita apreensão foi validada pelo JIC. E se fosse crime seria furto? Estariam lá os elementos constitutivos do tipo deste ilícito?

Bom, há opiniões para tudo. Depois a história do cão, coitado do animal. Mas será que algum Inspector da PJ matou em alguma diligência um cão? Coitado do bichano, queria satisfazer as suas necessidades e o malvado Inspector queria enchê-lo de chumbo. Por último, a pérola. Os Inspectores tocaram à campainha de uma residência para que lhe abrissem a porta para a busca. Para conseguirem esse fim taparam o óculo da porta.

A pessoa que estava em casa ficou amedrontada. Chamou a Polícia? Não. Teve tanto medo que abriu a porta. Inspectores deste País quando confrontados com esta realidade copiem o método. Se tiverem problemas para entrar tapem o óculo que os visados com medo abrem a porta. Enfim cada um diz o quer, sendo que o objectivo é apenas descredibilizar a investigação.

Conselheiro da ASFIC
(Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal da PJ

IN "CORREIO DA MANHÃ"
26/11/10

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