Vitorino Máximo de Carvalho Guimarães (Penafiel, 13 de Novembro de 1876 — 18 de Outubro de 1957) foi um militar, economista e político português que, entre outras funções, foi deputado e várias vezes ministro das Finanças, tendo em 1925 sido Presidente do Conselho de Ministros de um dos governos da Primeira República Portuguesa.
Biografia
Vitorino Máximo de Carvalho Guimarães nasceu em Penafiel, a 13 de Novembro de 1876, filho de João Antunes de Sousa Guimarães e de Amélia Augusta de Carvalho Guimarães.
Concluiu o curso liceal no Liceu Nacional de Viana do Castelo, prosseguindo os seus estudos no Instituto Comercial e Industrial do Porto, transferindo-se depois para a instituição congénere de Lisboa.
Terminado o curso de comércio, em 1901 ingressou na Escola do Exército, graduando-se como oficial de administração militar e iniciando uma carreira que aliou um percurso na área da administração militar com a docência nas áreas da administração e das finanças, tendo leccionado na Escola do Exército, no Instituto dos Pupilos do Exército, no Instituto Superior de Comércio e na entidade que lhe sucedeu, o Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras.
Ingressou cedo na vida política, iniciando-se como apoiante de João Franco, mas logo em 1908 surge como um dos líderes republicanos da revolta de 28 de Janeiro de 1908 contra a monarquia e o governo de João Franco.
Integrou o comité militar criado para a proclamação da República e após a sua implantação, em 1911 foi eleito deputado ao Congresso Constituinte, pelo círculo eleitoral de Bragança.
Republicano convicto, foi membro da Jovem Turquia, a associação paramilitar liderada por Álvaro Xavier de Castro, e do Partido Democrático, mas ainda assim sempre se assumiu como centrista, posicionando-se politicamente entre a ala dos bonzos e dos canhotos.
Estreou-se, na acção governativa como Ministro das Finanças do governo de José Ribeiro de Castro, entre 19 de Junho e 29 de Novembro de 1915. Entre 16 e 22 de Dezembro de 1915 acumulou, interinamente, a pasta do Comércio.
Deflagrada a Primeira Guerra Mundial, foi nomeado chefe dos serviços administrativos da 2.ª Divisão do Corpo Expedicionário Português. Terminada a Guerra, em 1919 participou em várias comissões de contabilidade e de reforma do Banco Nacional Ultramarino, sendo nesse mesmo ano eleito deputado pelo círculo eleitoral de Moncorvo. Foi delegado do Governo português à Comissão de Reparações de Guerra1919 - 1920) e embaixador de Portugal junto da Conferência Financeira de Bruxelas (1920). (
Voltou a ser chamado ao cargo de Ministro das Finanças do governo presidido por Francisco Pinto da Cunha Leal, tendo exercido o cargo de 16 de Dezembro de 1921 a 6 de Fevereiro de 1922, sendo simultaneamente delegado de Portugal à Conferência Económica da Guerra (1922).
Foi novamente empossado como Ministro das Finanças do governo de António Maria da Silva, exercendo o cargo de 14 de Setembro a 30 de Novembro de 1922. Foi então autor da importante reforma tributária de 1923.
Foi nomeado Presidente do Conselho de Ministros, tendo exercido o cargo de 15 de Fevereiro a 1 de Julho1925. Durante este período acumulou, interinamente, a pasta de Ministro das Finanças. de
A partir do Golpe de 28 de Maio de 1926 foi afastado da política activa, tendo a sua carreira enquanto oficial do Exército culmindo, em 1936, no posto de coronel de administração militar.
A sua obra publicada mais conhecida intitula-se Contabilidade Pública. Sua Origem e Evolução em Portugal, tendo saído a público na Revista da Contabilidade Pública, entre 1941 e 1943.
Vitorino Máximo de Carvalho Guimarães faleceu em 1957.
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