25/07/2010

GONÇALO RIBEIRO TELES




Gonçalo Ribeiro Telles
Ministro de Flag of Portugal.svg Portugal
Mandato: VIII Governo Constitucional
  • Ministro de Estado e da
    Qualidade de Vida

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Gonçalo Pereira Ribeiro Telles (Lisboa, 25 de maio de 1922) é um arquitecto paisagista e dirigente político português.
Militou na Juventude Agrária e Rural Católica, acentuando a sua oposição ao regime nas sessões do Centro Nacional de Cultura. Com Francisco Sousa Tavares fundou em 1957, o Movimento dos Monárquicos Independentes, a que se seguiria o Movimento dos Monárquicos Populares, assumindo-se claramente contra o Salazarismo. Em 1958 manifestou o seu apoio à candidatura presidencial de Humberto Delgado. Em 1967, aquando das cheias de Lisboa, impôs-se publicamente contra as políticas de urbanização vigentes. Em 1971 ajudou a fundar o movimento Convergência Monárquica.
Após a Revolução dos Cravos fundou o Partido Popular Monárquico, cujo Directório presidiu. Foi subsecretário de Estado do Ambiente nos I, II e III Governos Provisórios, e Secretário de Estado da mesma pasta, no I Governo Constitucional. Em 1979 integrou a Aliança Democrática, liderada por Francisco Sá Carneiro. Foi eleito deputado à Assembleia da República, nas I (1980), II (1980-1983) e IV (1985-1987) Legislaturas, pelo Círculo de Lisboa. Entre 1981 e 1983 foi Ministro de Estado e da Qualidade de Vida do VIII Governo Constitucional, tendo então criado as zonas protegidas da Reserva Agrícola Nacional, da Reserva Ecológica Nacional e lançado as bases do Plano Director Municipal. Em 1984 fundou o Movimento Alfacinha, com o qual se apresentou candidato à Câmara Municipal de Lisboa, tendo sido eleito vereador. Posteriormente fundou o Movimento o Partido da Terra, de que é Presidente Honorário, desde 2007.
Figura notável das questões do ordenamento do território e do uso da terra em Portugal, é discípulo de Francisco Caldeira Cabral. Exerceu funções docentes, como Assistente do Instituto Superior de Agronomia, tendo chegado a Professor Catedrático na Universidade de Évora, em 1976, onde criou as licenciaturas em Arquitectura Paisagista e Engenharia Biofísica. Entre os muitos projectos de referência, assinou com António Viana Barreto, os jardins da Fundação Calouste Gulbenkian[1] (com o qual recebeu, ex aequo, o Prémio Valmor de 1975) e o Jardim Amália Rodrigues, junto ao Parque Eduardo VII.
Em 1994 recebeu do então Presidente Mário Soares, a Grã-Cruz da Ordem de Cristo.

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