José Mendes Cabeçadas Júnior | |
Presidente de Portugal | |
Mandato: | 31 de Maio de 1926 até 17 de Junho de 1926 |
Precedido por: | Bernardino Machado |
Sucedido por: | Manuel Gomes da Costa |
| |
Nascimento: | 19 de Agosto de 1883 Loulé, Portugal |
Falecimento: | 11 de Junho de 1965 (81 anos) Lisboa, Portugal |
Primeira-dama: | Maria das Dores Formosinho Vieira Cabeçadas |
Partido: | Nenhum |
Profissão: | Almirante |
José Mendes Cabeçadas Júnior (Loulé, 19 de Agosto de 1883 — Lisboa, 11 de Junho de 1965) foi um oficial da Armada Portuguesa, maçom e político republicano convicto, que teve um papel decisivo na preparação dos movimentos revolucionários que conduziram à criação e à extinção da Primeira República Portuguesa: a Revolução de 5 de Outubro de 1910 e o Golpe de 28 de Maio de 1926. Exerceu o cargo de 9.º Presidente da República Portuguesa (o 1.º da Ditadura Nacional) e de Presidente do Conselho de Ministros no breve período entre 31 de Maio de 1926 e 16 de Junho do mesmo ano. Afastado do poder pela estabilização do regime à direita e pelo salazarismo, transformou-se num feroz opositor da autocracia de Óscar Carmona e de Oliveira Salazar, conspirando em, pelo menos, duas tentativas insurreccionais (1946 e 1947). Como derradeiro gesto político, subscreveu o Programa para a Democratização da República (1961).
Biografia
Foi um dos responsáveis pela revolta a bordo do Adamastor, durante a revolução republicana; no entanto, cedo se desiludiu com o regime que ajudara a criar. Em 1926, dá o grito de revolta em Lisboa, depois de em Braga Gomes da Costa ter tomado idêntica atitude. O primeiro-ministro António Maria da Silva demite-se, e poucos dias depois (31 de Maio), o presidente Bernardino Machado atribui-lhe a chefia de um novo ministério, assim como de todas as suas pastas. Nesse mesmo dia, o presidente renuncia às suas funções, passando Mendes Cabeçadas a acumular o cargo de Presidente da República com o de Presidente do Conselho de Ministros.
Mendes Cabeçadas, revolucionário de uma linha moderada, julgava ainda ser possível constituir um governo que não pusesse em causa o regime constitucional, mas apenas livre da nefasta influência do Partido Democrático. No entanto, os demais conspiradores (entre os quais Gomes da Costa e Óscar Carmona) julgaram-no como sendo incapaz e, no fundo, o último vestígio do regime constitucional da I República. Após uma reunião dos revoltosos no seu quartel-general em Sacavém, em 17 de Junho de 1926, Mendes Cabeçadas foi forçado a renunciar às funções de Presidente da República e de Primeiro-Ministro a favor de Gomes da Costa.
Mais uma vez passou a apoiar os oposicionistas, tendo-se envolvido em várias revoltas, e subscrito até manifestos contra a ditadura, até à sua morte, em 1965.
wikipédia
Sem comentários:
Enviar um comentário