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Portugal bem português
XVII - A PIDE antes da PIDE
8- O triunfo da PVDE/4
(CONTINUA PRÓXIMA SEGUNDA)
* Em Agosto de 33 Salazar publica o Estatuto do Trabalho Nacional. Em Portugal acaba o sindicalismo livre, criminaliza-se o direito à greve e começa o corporativismo.
Mas os anarco-sindicalistas e os comunistas não desarmaram. Unem-se pela primeira vez numa greve geral revolucionária. O objetivo desta primeira "geringonça" é derrubar à força de bombas o regime de Salazar e Carmona.
Mas houve uma região que a PVDE descuidou nos planos da greve revolucionária - a Marinha Grande. Na região vidreira, os grevistas tomaram de assalto o posto da GNR e dos CTT. A ocupação durou poucas horas.
No rescaldo da falhada greve revolucionária a PVDE prendeu 696 pessoas só em processos relacionados com a Greve Revolucionária. A polícia política usa a tortura violenta para encontrar os responsáveis pelos atentados bombistas de 18 de Janeiro. Vários dos presos não aguentam as violências e "suicidam-se". É o caso do militante comunista Mário Vieira Tomé que aparece morto na prisão. Neste episódio tenta-se desvendar o caso e obter pela primeira vez provas concretas de tortura na PVDE. O anarquista Jaime Rebelo corta a língua e Jaime Cortesão dedica-lhe o poema Romance do Homem da Boca Cortada.
Apesar das prisões em massa de 1934, o único dos movimentos anti ditadura que não teve líderes presos foi o PCP que fica solitário na oposição ao regime. A propaganda do regime concentra-se no combate ao comunismo considerado por Salazar "a grande heresia da nossa idade". Mas à direita do ditador surge outra ameaça ideológica para o regime. Um ano antes, em Fevereiro de 1933 o Jornal ABC espanhol destacava na primeira página a grande reunião dos nazis portugueses saudando o chefe Rolão Preto. A ascensão do movimento fascista dos camisas azuis foi repentino. Começam por contestar a formação da União Nacional. Como é que um fascista consegue ameaçar a liderança do ditador Salazar e se torna num dos inimigos públicos perseguidos pela PVDE?
** Se pensa que sabe muito da História de Portugal constate também nesta série a sua enorme ignorância, não é uma crítica, é um convite.
*** Esta é uma compilação de séries pelo nosso país não apenas pelas perspectivas histórica ou social mas pela recolha de vídeos interessantes de várias origens, actividades e sensibilidades, com diferentíssimos temas que reflectem o nosso quotidiano de modo plural.
Desejamos muito que seja do vosso agrado.
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