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2840.UNIÃO

EUROPEIA

PORTUGAL

𝐌𝐢𝐥𝐢𝐭𝐚𝐫𝐞𝐬 𝐝𝐚 𝐆𝐍𝐑 𝐭𝐨𝐫𝐭𝐮𝐫𝐚𝐦 𝐢𝐦𝐢𝐠𝐫𝐚𝐧𝐭𝐞 𝐝𝐞 𝐎𝐝𝐞𝐦𝐢𝐫𝐚 𝐩𝐨𝐫 𝐝𝐢𝐯𝐞𝐫𝐬𝐚̃𝐨

Wrιttᥱᥒ bყ Cᥲtᥲrιᥒᥲ Roqᥙᥱ oᥒ 16 dᥱ Dᥱzᥱmbro, 2021

Os imigrantes foram humilhados e agredidos por agentes fardados que filmaram as próprias abordagens violentas.

Em 2019, quando a Polícia Judiciária (PJ) apreendeu telemóveis a cinco militares da GNR de Vila Nova de Milfontes, em Odemira, por alegados maus tratos, as autoridades não tinham noção da gravidade da situação.

Um dos guardas, de 25 anos, que foi alvo de perícias da PJ, tinha na sua posse imagens de sequestro, torturas, humilhações, violência e insultos racistas a vários trabalhadores agrícolas daquela região, revela a CNN Portugal que teve acesso ao processo judicial.

Ao que tudo indica, os militares montam emboscadas onde simulam operações stop, de fiscalização de trânsito, levando-os posteriormente para o posto. É nesse local onde as autoridades agridem e humilham as vítimas.

 Numa das situações, os militares levaram um imigrante para um descampado à noite, onde o obrigaram a inalar gás pimenta pela boca e pelo nariz, através de um tubo do aparelho de medicação de taxa de alcoolemia (“teste de balão”).

Enquanto a vítima pedia água, um dos militares ria-se enquanto dizia “É gás pimenta, ó animal. Filho de uma grande puta! Animal!”.

Segundo o despacho do Ministério Público a que a CNN Portugal e a TVI tiveram acesso, os militares “faziam-no em manifesto uso excessivo de poder de autoridade que o cargo de militar lhes confere”, notando que “todos os arguidos agiram com satisfação e desprezo pelos indivíduos”.

Sobre os motivos que levaram as autoridades a ter esses atos, a procuradora conclui: “Ódio claramente dirigido às nacionalidades que tinham e apenas por tal facto e por saberem que, por tal circunstância, eram alvos fáceis”.

Sete militares estão acusado de um total de 33 crimes. No que diz respeito às vítimas identificadas no vídeo, uma morreu de acidente e outras terão abandonado o país.

IN:"https://www.onfm.pt/2021/12/16/militares-da-gnr-torturam-imigrante-de-odemira-por-diversao/"

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