16/07/2020

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HOJE NO 
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Medina diz que pandemia é oportunidade para resolver problemas na habitação

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), Fernando Medina, considerou que as dificuldades criadas pela pandemia de covid-19 podem ser transformadas em oportunidades para resolver problemas, como o acesso à habitação, congestionamento e poluição.

"Uma das principais propostas que estamos a trabalhar e a avançar neste período da pandemia é precisamente aproveitar a oportunidade que nos é dada pela dificuldade, que é o facto de os alojamentos locais não terem hoje clientes em número significativo, para alugarmos, arrendarmos esses alojamentos, para depois os podermos subarrendar a famílias das classes médias e aos jovens", afirmou o autarca, que participava no debate Euragora 2020 "Turismo em tempos de Covid-19", organizado pelas agências de notícias Lusa e EFE.
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"Nós não podemos sair desta pandemia com os mesmos problemas que tínhamos à entrada da pandemia, sejam os problemas do congestionamento, da poluição, sejam os problemas pesados no acesso à habitação", defendeu Fernando Medina.

De acordo com o autarca, a CML está a "tentar transformar o que era uma realidade da cidade - muitas casas afetas a alojamento local" - que, neste momento em que o turismo vive tempos difíceis, estão sem ocupação e com os seus proprietários também em dificuldades.

"Ora o que nós estamos a fazer é tentar transformar esta dificuldade numa oportunidade. De quê? De termos mais gente a viver na cidade, mais jovens, mais classes médias, uma cidade mais coesa, mais solidária com mais pessoas a viver dentro do centro da cidade de Lisboa", sublinhou Fernando Medina.

Promover a habitação no centro da cidade é também, segundo o presidente da CML, uma forma de reduzir os movimentos pendulares e, consequentemente, a poluição, uma vez que as pessoas passam a utilizar menos o carro, deslocando-se a pé, de transportes públicos ou mesmo de bicicleta.

O autarca defendeu ainda a necessidade de se desenvolver um tipo de turismo sustentável, "compatível com a vida da cidade", com os residentes, com os que nela trabalham e com o ambiente.
Fernando Medina reiterou, porém, que o turismo é uma atividade "absolutamente essencial do ponto de vista económico, cultural e de criação de uma sociedade mais aberta e tolerante" e, por esse motivo, deve-se "perceber e aceitar" que os turistas tenham vontade de conhecer Lisboa.

O autarca admitiu que o turismo de cidade pode continuar a sentir os efeitos da pandemia até que haja uma vacina ou medicamentos adequados.

Para Fernando Medina, a recuperação deste setor de atividade será "ténue", uma vez que depende do sentimento de confiança das pessoas e, muitas vezes, da utilização do transporte aéreo.

No dia 07 de julho, o comissário europeu da Economia disse que o agravamento da projeção para a contração da economia portuguesa deve-se sobretudo a uma retoma abaixo do esperado no setor do turismo, e mencionou a reabertura tardia das fronteiras com Espanha.

Na conferência de imprensa de apresentação das previsões macroeconómicas intercalares de verão, nas quais Portugal foi o Estado-membro que viu mais agravada a projeção de contração do respetivo Produto Interno Bruto (PIB) - Bruxelas estima agora uma recessão de 9,8%, contra 6,8% em maio -, Paolo Gentiloni admitiu que, "sim, há uma diferença nestas previsões de verão relativamente às da primavera".

"A diferença deve-se a um desempenho pior do que o esperado no primeiro trimestre e a uma recuperação mais lenta do que o previsto no turismo estrangeiro, particularmente no número de voos, e também no atraso da reabertura da fronteira com Espanha, que só aconteceu há alguns dias", apontou então o comissário.

Segundo Gentiloni, esta acentuada revisão em baixa das projeções para a evolução do PIB português "confirma como a incerteza em torno de voos e do turismo global podem afetar particularmente economias muito dependentes" do setor turístico.

* Dr. Fernando Medina um iluminado de luz frouxa. Só o vimos ocasionalmente ao lado dos mais desfavorecidos quando os  holofotes da comunicação se acendiam. Anda muito preocupado em favorecer os ciclistas mas marimba-se que eles atropelem peões em passeios onde não podem circular. Permitiu as maiores sacanagens aos proprietários de  alojamento local quando expulsaram para bem longe os anteriores inquilinos com vidas difíceis.  Um tretas com possibilidade de chegar a secretário-geral do PS, já se põe em bicos de pés.

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