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HOJE NO
"A BOLA"
UCI ajuda Volta a Portugal
Enquanto
o regresso do ciclismo de competição deverá ser autorizado a partir de 1
de julho, mantém-se a incerteza para a realização da Volta a Portugal,
que aguarda por autorização governamental. O tempo útil para colocar a
corrida na estrada entre 29 de julho e 9 de agosto, como está previsto,
torna-se cada vez mais curto e com margem de manobra bastante limitada,
admitindo-se como provável o adiamento por duas ou três semanas,
conforme já avançou A BOLA.
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O
aspecto financeiro irá ser levado em conta pela organização, que procura
fazer face ao rombo provocado na tesouraria pela não realização da
feira de animação e das atividades satélite na parte desportiva - onde
se inclui o concerto na véspera do dia de descanso e a popular etapa da
Volta. A tudo isto juntam-se as normas sanitárias, a serem implantadas
de acordo com a Direção Geral de Saúde e da UCI, com custos ainda
desconhecidos.
Existe, no
entanto, a possibilidade de a organização reduzir as despesas e
aproveitar os regulamentos entretanto aprovados pela UCI, como por
exemplo o fim de limite mínimo de equipas estrangeiras. Devido às
condições criadas pela Covid-19, a UCI suspendeu até final da temporada o
artigo 2.1.003, que obriga uma prova do calendário internacional a ter o
mínimo 10 equipas, entre as quais 5 estrangeiras, pelo que as
organizações podem ter menos equipas de outros países e aliviar o
investimento. Além do artigo anterior, a Podium Events pode aplicar o
artigo 2.2.007, que diz: «Se quinze dias antes do evento, o número de
participantes inscritos for inferior a 100 corredores, o organizador
pode autorizar as equipas inscritas a aumentar o número de corredores de
cada equipa para o máximo de 8». Em termos práticos, um pelotão formado
por 14 equipas de sete corredores, que soma 98, poderá ser aumentado
com mais um corredor por equipa totalizando 112 unidades.
Numa
medida de sensibilização e face à situação atual, a UCI decidiu
devolver as taxas de inscrições de todas as provas canceladas até ao dia
30 de junho, entre as quais se incluem a Clássica da Arrábida, Volta ao
Alentejo e GP Beiras e Serra da Estrela. As devoluções previstas
incluem além da taxa de inscrição, as despesas de viagem, alimentação e
alojamento dos comissários internacionais nomeados. Em virtude de
Portugal pertencer ao Grupo 2, os organizadores apenas pagam 70% dos
valores da tabela principal. A Clássica da Arrábida (1.2), pagou €1.057,
Volta ao Alentejo (2.2), €2.527 e o GP Beiras e Serra da Estrela (2.1),
€3.045.
* O esforço de organizar a prova é muito grande, em condições tão adversas valerá a pena?
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