.
.
HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Migrantes ajudam a aumentar produtividade
e salários nas economias avançadas
e salários nas economias avançadas
As migrações aumentam a produção, a produtividade, o Produto
Interno Bruto (PIB) e os salários dos trabalhadores dos países
desenvolvidos que acolhem pessoas que vêm de fora, segundo um artigo
publicado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), esta sexta-feira.
"Grandes ondas de imigração aumentam a
produção e a produtividade nas economias avançadas no curto e médio
prazos, apontando para ganhos dinâmicos significativos para a economia
como um todo", pode ler-se no capítulo quatro das Perspetivas Económicas
Mundiais, divulgadas pelo FMI, esta sexta-feira.
.
.
Segundo
cálculos do FMI, "a produção aumenta cerca de 1% ao quinto ano", sendo
que dois terços deste aumento se devem "ao aumento da produtividade no
trabalho", e o terço restante "ao aumento do emprego".
Os resultados do FMI "sugerem que os ganhos agregados da imigração materializam-se muito rapidamente,
mesmo com fluxos potencialmente disruptivos", sendo que a "resposta
imediata da produtividade no trabalho aponta para a existência de ganhos
dinâmicos significativos pela imigração, mesmo no curto prazo".
Outras
das conclusões apontadas no estudo são que "a migração aumenta o PIB
mundial, em particular ao aumentar a produtividade", e que "os
rendimentos médios 'per capita' [por pessoa] dos nativos aumentam à
medida que as suas competências são complementadas com as dos
migrantes".
Segundo o documento, "à
medida que os migrantes entram no mercado de trabalho, os nativos vão
para outras funções que, em muitos casos, requerem competências
linguísticas e comunicativas avançadas, ou a prestação de funções mais
complexas".
"Assim, quando os
imigrantes vão para funções que têm pouca oferta, os nativos aumentam as
suas competências, gerando a ganhos gerais, para toda a economia,
devido à especialização", complementa o artigo do FMI.
O
artigo do FMI assinala também que "as remessas do estrangeiro aumentam o
rendimento 'per capita' nos países de origem, ajudando a contrariar os
potenciais efeitos negativos da emigração", apesar de os ganhos
económicos da imigração para as economias em desenvolvimento "não
parecerem produzir ganhos rápidos semelhantes" ao que acontece nas
desenvolvidas.
Nas economias
desenvolvidas, onde se encontram, por exemplo, as da zona euro
(incluindo Portugal), o Reino Unido ou os Estados Unidos, "medidas
ativas no mercado de trabalho, gastos em formação e educação para
adultos, e políticas direcionadas à integração de migrantes poderiam
potenciar os ganhos macroeconómicos da imigração".
Outra
das conclusões do artigo dos economistas da instituição sediada em
Washington é que "os fluxos de migração são moldados pela demografia na
origem e pelos níveis de rendimentos na origem e no destino", e que os
"conflitos são um importante fator de migração entre economias em
desenvolvimento", cujos "custos são grandes".
O
FMI indica ainda que num cenário base, "a percentagem de migrantes
entre 2020 e 2050 é praticamente estável, pouco acima dos 3% da
população mundial", mas a migração de economias em desenvolvimento para
economias desenvolvidas "continua a aumentar para cerca de 16% da
população total das economias avançadas", sobretudo devida ao aumento de
população nos países de origem.
Num
cenário que aborda as alterações climáticas, estas são considerado como
um fator de pressões migratórias "modestas", mas menos evidenciadas na
África subsaariana, em que o aumento das temperaturas "tem efeito
particularmente negativo nos rendimentos, piorando a 'armadilha da
migração' [impossibilidade de emigrar por motivos económicos] e
reduzindo as pressões de migração extrarregionais", aumentando as
internas.
O FMI aponta ainda à necessidade de "cooperação internacional" para
abordar "largas vagas de migração de refugiados, especialmente nas
economias em desenvolvimento", e apela à consideração da "dimensão
distributiva" dos fluxos, dado que a imigração "pode afetar, pelo menos
temporariamente, alguns grupos" dos países que recebem as pessoas
* Traduzindo o FMI: A exploração de mão de obra barata e clandestina dá grandes lucros!!!
.
Sem comentários:
Enviar um comentário