HOJE NO
"O JORNAL ECONÓMICO"
Estudo da AEP revela que 60% das PME portuguesas têm créditos incobráveis
Segundo o estudo, 49% destas empresas têm mais de 50% das vendas a crédito a clientes sobre o total do volume de negócios.
De acordo com o relatório de diagnóstico às necessidades de colaboração e
fornecimento das pequenas e médias empresas (PME), realizado no âmbito
do projeto AEP Link, promovido pela AEP – Associação Empresarial de
Portugal, 59% das Pequenas e Médias Empresas (PME) portuguesas
inquiridas têm créditos incobráveis, sendo que 95% têm origem em
operações nacionais.
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“O estudo desenvolvido pela consultora Deloitte, entre abril de 2019 e
março de 2020, teve por base um inquérito feito junto de uma amostra
constituída por 1.766 PME portuguesas, para avaliar, entre outros
aspetos, a sustentabilidade destas empresas”, adianta um comunicado da
AEP.
Esta nota acrescenta que, “no que respeita à gestão do risco
de crédito, 49% das PME inquiridas recorrem a fontes de informação
externa para gerir o risco da sua carteira, sendo a informação bancária
(50%) e os relatórios de crédito (30%) os principais instrumentos
utilizados”.
“Além do crédito, a análise à sustentabilidade empresarial do estudo
considerou ainda como critérios a liquidez e as atividades de prospeção
de clientes das PME, concluindo, no que respeita a instrumentos de
liquidez, que os bancos são o principal meio utilizado pelas PME (68%),
seguindo-se o crédito de fornecedores (31%)”, avança o referido
comunicado.
Luís Miguel Ribeiro, presidente da AEP, salienta que
“no que concerne à prospeção de clientes, este estudo conclui que 73%
das PME não utilizam plataformas ‘web’ de análise e procura de novos
clientes”, e aponta as feiras e missões empresariais como “as
ferramentas de prospeção de clientes mais utilizadas”.
O
presidente da AEP refere ainda que relativamente a perspetivas de vendas
das empresas inquiridas, “verificámos que 66% pretendem aumentar as
vendas no mercado internacional nos próximos três anos, e 81%
perspetivam um aumento das vendas no mercado nacional também no próximo
triénio”.
“Além dos aspetos relacionados com a sustentabilidade
empresarial, o estudo desenvolvido no âmbito do projeto AEP Link
considera ainda os três fatores críticos basilares para a
competitividade das empresas: economia digital, inovação e investimento.
O relatório teve assim como objetivo aferir a maturidade digital das
PME; os constrangimentos e necessidades ao nível da inovação; e as
necessidades de investimento por parte das PME face aos seus objetivos
de expansão e consolidação de negócio, as principais opções de captação
de capital; e ainda identificar as áreas corporativas com maior urgência
de investimento”, explica o comunicado em questão.
* Muito pior que o Covid19 é o português caloteiro.
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