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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
OMS desafia Estados Unidos a
partilharem "provas" de que o coronavírus surgiu num laboratório em Wuhan
Organização defende que a pandemia teve "origem natural", já os EUA defendem que a culpa é da China.
A Organização Mundial da Saúde desafiou os Estados Unidos a partilharem
as provas que alegam ter de que o coronavírus nasceu num laboratório em
Wuhan, China.
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A OMS defende que a pandemia teve "origem natural", mas os Estados
Unidos procuram responsabilizar a China pela pandemia e chegaram mesmo a
alegar que tinham provas de que "o vírus nasceu no laboratório de
Wuhan".
Após quatro meses de um mundo parado devido a pandemia de coronavírus,
vários países começam agora a regressar a um novo normal.
Mas com este alívio do levantamento das restrições e um aparente
controlo da pandemia, o foco de alguns países começa a mudar. É hora de
atribuir culpas.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já assumiu que o país vai proceder a investigações profundas
para determinar a origem do surto que afetou 193 países e territórios e
admite pedir indemnizações "avultadas" à China pelos prejuízos causados
pela pandemia.
Também a Austrália já tomou uma posição.
O país prometeu esta quarta-feira que vai continuar a exigir uma
investigação sobre a origem do novo coronavírus, apesar de a China ter
ameaçado boicotar as importações de bens e serviços australianos.
"A Austrália continuará a adotar esse curso de
ação extremamente razoável e sensato. Este vírus já matou mais de
200.000 pessoas em todo o mundo e paralisou a economia global. As
implicações e os impactos são extraordinários", apontou o
primeiro-ministro australiano, Scott Morrison.
Estes dois países já assumiram posições claras face a uma
investigação à origem do surto. Na Alemanha, no entanto, o governo
abstem-se para já de tomar uma posição. Porém, o tablóide alemão Bild, jornal
com maior tiragem na Alemanha, já apresentou fatura à China no valor de
149 mil milhões de euros defendendo: "é isto que a China nos deve".
No
Reino Unido, o primeiro-ministro Boris Johnson também ainda não se
manifestou relativamente à China, porém, Dominic Raab, que substituiu
Boris no período em que este esteve internado, já assumiu que China terá
de prestar contas.
"Não há dúvida de que não podemos fazer
negócios como antes depois desta crise", garantia a 16 de abril. "Vamos
ter de colocar questões difíceis sobre como é que tudo surgiu e porque é
que o vírus não foi travado mais cedo", concluia.
* As autoridades americanas em caso extremo, caso lhes convenha, são capazes de dizer que as crianças podem nascer pelo ânus em situações de excepção. E para vosso espanto nós concordamos, suspeitamos que Trump foi cagado.
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