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HOJE NO
"OBSERVADOR"
Nazaré preocupada com baixa capacidade de ocupação da praia definida pela APA
Na região Tejo/Oeste a praia da Nazaré é aquela que admite maior lotação. Walter Chicharro reconhece que se "vivem tempos excecionais", mas, ainda assim, discorda da capacidade de ocupação definida.
A Câmara da Nazaré considerou esta quinta-feira o potencial de
ocupação da praia definido pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), de
17.100 banhistas, demasiado baixo para os índices de ocupação
habituais.
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Citado num comunicado emitido esta quinta-feira, o presidente da
câmara, Walter Chicharro (PS), manifestou “preocupação” com “a carga
admitida pela APA para esta época balnear na praia da Nazaré”,
considerando os valores “baixos face ao que é habitual” para aquela
praia.
A quantidade de pessoas que se desloca para usufruir da praia está bem acima desses valores”, afirmou o autarca, que recebeu com “surpresa e estupefação” o documento em que a APA define a capacidade potencial de ocupação da praia da Nazaré em 17.100 utentes.
No
comunicado enviado à agência Lusa, Walter Chicharro reconhece que se
“vivem tempos excecionais, que requerem medidas excecionais”, mas, ainda
assim, discorda da capacidade de ocupação definida.
A APA publicou na quarta-feira as capacidades das praias das regiões
do Algarve e Tejo/Oeste, “tendo em conta que o dia 6 de junho marca o
início da época balnear”, afirmando que as restantes serão publicadas em
breve, “considerando as respetivas datas de abertura”.
Estas capacidades são um importante auxiliar para a gestão e utilização segura das praias, pois é a partir destes valores que pode ser dada informação – ao cidadão e às autoridades – de modo a direcionar os devidos comportamentos, de uma forma responsável”, adiantou a APA, em comunicado.
Na região Tejo/Oeste a praia da Nazaré é aquela que admite maior
lotação, seguindo-se a praia da Fonte da Telha (I, II e III), no
concelho de Almada, com uma capacidade de 14.500 utentes, e a praia de
Carcavelos, no concelho de Cascais, com 12.100.
Em resposta à
agência Lusa, o Ministério do Ambiente e da Ação Climática, que tutela a
APA, explicou esta quinta-feira que a divulgação feita da capacidade
das praias em contexto da pandemia da Covid-19 integra “uma consulta
informal, logo vai sofrer alterações com base nos contributos
recebidos”, reforçando que se trata de “um documento em mutação”.
No
âmbito da pandemia da Covid-19, o Governo determinou que a época
balnear só começa, este ano, em 6 de junho, cabendo à APA o apuramento
da capacidade das praias.
Na Nazaré, a época balnear terá início em 6 de junho e
terminará em 15 de setembro na praia da Nazaré, estando prevista entre
27 de junho e 31 de agosto na praia do Salgado, na freguesia de
Famalicão.
Durante este período, os utentes das praias deverão
assegurar um distanciamento físico de 1,5 metros entre diferentes grupos
e o afastamento de três metros entre chapéus de sol, toldos ou colmos, e
cumprir as medidas de etiqueta respiratória, proceder à limpeza
frequente das mãos e evitar o acesso a zonas identificadas com ocupação
elevada ou plena, informou a autarquia.
No início de maio, a
câmara defendeu junto do ministro do Ambiente, João Pedro Matos
Fernandes, o reforço dos postos de vigia nas praias do concelho e a
colaboração da autoridade marítima e dos fuzileiros para garantir o
cumprimento das normas para contenção da pandemia.
* Em democracia uma das normas mais importantes é saber obedecer e respeitar já que as regras foram emanadas de centros de decisão eleitos em escrutínio universal. Quem contesta sem respeitar é inimigo público, praias com número de utentes em demasia fecham-se, mais nada, que o país está em estado de calamidade.
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