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HOJE NO
"O JORNAL DE NEGÓCIOS"
Novo falhanço no Senado dos EUA sobre plano de relançamento económico
O Senado norte-americano não conseguiu chegar hoje a acordo sobre um plano reforçado de relançamento da economia, em acelerado recuo devido à pandemia do coronavírus, e um dia após um primeiro falhanço sobre uma questão processual.
Este projecto de lei destina-se a mobilizar até cerca de dois mil milhões
de dólares (1,8 mil milhões de euros). A sua aprovação no Senado voltou
a falhar devido ao prosseguimento das divergências entre a maioria
Republicana e a minoria Democrata, que no entanto concordam com a
urgência da situação.
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A moção que permitiria uma votação rápida sobre o texto apenas obteve 49 votos dos 60 necessários.
O chefe da maioria Republicana, Mitch McConnell, denunciou de forma
incisiva "uma obstrução absolutamente estúpida" por parte da oposição.
Antes,
o líder Democrata Chuck Schumer tinha considerado que toda a votação
seria inútil enquanto prosseguissem as negociações nos gabinetes, "onde
foram garantidos verdadeiros progressos", referiu. "Estamos muito
próximo de um acordo. Muito próximo", assegurou.
"O nosso
objectivo consiste em garantir um acordo hoje e tenho a esperança e
confiança que atingiremos esse objectivo", acrescentou.
O texto
deve ultrapassar este primeiro obstáculo processual antes de ser
submetido ao voto final no Senado, e de seguida a um voto na Câmara de
Representantes controlada pelos Democratas. De seguida deve ser
promulgada pelo Presidente Donald Trump.
O secretário do Tesouro
norte-americano, Steve Mnuchin, negoceia directamente no Congresso com os
chefes Democrata e Republicano para garantir um acordo sobre este
gigantesco plano de ajuda económica.
Estas ajudas são cruciais para a economia dos EUA, que provavelmente já entrou em recessão.
No
entanto, os Democratas recusam votar o texto com a atual configuração.
Pretendem designadamente um reforço da supervisão face aos empréstimos
concedidos às grandes empresas, que na sua perspetiva se assemelham a
prémios para os seus dirigentes.
Esta manhã e em declarações à
cadeia televisiva Fox News, Mnuchin considerou a ideia "ridícula" e
afirmou que o plano se destina a ajudar "todos os trabalhadores
americanos".
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da
covid-19, já infetcou mais de 345 mil pessoas em todo o mundo, das quais
mais de 15.100 morreram.
Depois de surgir na China, em dezembro, o
surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial
da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente
europeu é aquele onde está a surgir atcualmente o maior número de casos,
com a Itália a ser o país do mundo com maior número de vítimas mortais,
com 6.077 mortos em 63.927 casos. Segundo as autoridades italianas,
7.024 dos infectados já estão curados.
A China, sem contar com os
territórios de Hong Kong e Macau, onde a epidemia surgiu no final de
dezembro, conta com um total de 81.054 casos, tendo sido registados
3.261 mortes.
Os países mais afectados a seguir à Itália e à China
são a Espanha, com 2.182 mortos em 33.089 infecções, o Irão, com 1.812
mortes num total de 23.049 casos, a França, com 860 mortes (19.856
casos), e os Estados Unidos, com 390 mortes (31.057 casos).
Vários países adoptaram medidas excepcionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.
* O cidadão americano básico não pode contar nem com o apoio da administração Trump, Senado ou Câmara dos Representantes, os seus membros estão demasiado ocupados com dinheiro e exercício de poder.
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