23/12/2019

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HOJE NO 
"CORREIO DA MANHÃ"
Heróis salvam mulher 
arrastada pelo mar em Cascais

Vítima, de 75 anos, estava caída na areia, “totalmente roxa”.

Estava no miradouro e reparei numa onda grande. E logo a seguir vi três pessoas encharcadas. Desci um pouco e vi logo um ‘corpo’ inerte na areia, de cabeça para baixo. Eu e o Bernardo [Rebelo] despimo-nos e corremos. Virámos o corpo e quando vi a cara da senhora, totalmente roxa, temi o pior. Veio outra onda grande e ainda fomos arrastados, mas conseguimos segurá-la e trazê-la para terra. Depois, foi quase um milagre, ia começar a fazer manobras de reanimação quando ela voltou a respirar e ganhou consciência."
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O relato é de Filipe Mayer Reis, um designer gráfico que juntamente com outro homem salvou uma mulher de 75 anos que tinha sido arrastada por uma onda, ontem de manhã, no paredão entre as praias da Poça e da Azarujinha, no Estoril, Cascais.

Filipe é nadador-salvador há 17 anos e surfista, fatores que foram fundamentais para o resgate com sucesso. Não quer ser um herói e questiona por que motivo o paredão da marginal de Cascais não tinha sido fechado ao público antes deste acidente quase mortal. "Só depois do salvamento, quando os bombeiros e o INEM saíram do local é que fecharam o paredão", garante ao CM. E diz que a vítima "teve sorte".

"Do paredão ao areal são 2,5 metros de altura. Não sei como não bateu com a cabeça. Podia ter sido muito pior." Nesta ocorrência estiveram 11 operacionais dos bombeiros, INEM e Polícia Marítima. A mulher foi levada ao Hospital de Cascais, onde recebeu os necessários cuidados médicos. Não corre perigo de vida.

* Até que enfim, um português notável que não quer ser condecorado.

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