26/12/2019

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HOJE  NO
"AÇORIANO ORIENTAL"
Bispo critica sociedade 
‘sem dimensão da transcendência’

Na sua mensagem de Natal, o Bispo de Angra, D. João Lavrador, faz críticas a modelo de sociedade consumista, frenética e fechada

O Bispo de Angra critica aquilo que considera ser um modelo de sociedade consumista, frenética e fechada “sem dimensão da transcendência”.
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- OH NOSSA SENHORA, QUE ROSÁRIO?
“Para o ser humano que não sabe o que fazer com a vida, e por isso a maltrata, a desvaloriza, se apropria dela e se deleita em imprimir-lhe os sinais de morte, é urgente e imperioso conduzir a pessoa humana, em qualquer contexto cultural, religioso, social ou étnico para fazer o caminho até ao presépio onde se encontrará não só com a presença pessoal de Deus, mas também com a resposta profunda embora velada ao sentido da existência humana”, enfatiza D. João Lavrador na sua mensagem de Natal para este ano em que a diocese se encontra numa ‘caminhada sinodal’.

Citado pelo Sítio Igreja Açores, o prelado desafiou os açorianos a buscar o sentido da vida e da sua existência a partir da simplicidade do presépio, apontando no caminho da abdicação de algumas marcas de uma sociedade “que não sabe viver a vida” e que é caracterizada por uma “cultura fechada num humanismo sem expressão da Transcendência”.

A mensagem de Natal do Bispo de Angra foi tornada pública ontem e é inspirada no Evangelho de São João “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”. Nela, D. Lavrador defende o “despojamento e o deixarmo-nos desinstalar do nosso conforto pessoal, racional, religioso e emocional; encetar um caminho com a sua aridez e incómodo até chegar ao local do encontro; descobrir ao longo da caminhada os sinais de Deus que veem da contemplação da natureza ou do clamor dos nossos contemporâneos; percorrer o caminho do amor, da entrega pessoal e da descoberta do outro como irmão”.

Na sua mensagem de Natal, de acordo com a mesma fonte, o Bispo faz a apologia do “oferecer esperança aos idosos, aos doentes, mesmo os que estão em maior sofrimento, aos excluídos da sociedade, aos pobres e aos abandonados, aos emigrantes e aos prisioneiros, porque o Amor é vida, é alegria, é esperança e é missão junto de todos os que imploram de nós os gestos concretos para saborearem nas Fontes da Vida a alegria plena”.

A mensagem de Natal de D. João Lavrador é também marcada pelos votos de “um santo e feliz Natal”, especialmente “aos idosos, aos doentes, aos emigrantes, aos prisioneiros, aos pobres e excluídos”

* Paradoxalmente a igreja católica é uma das maiores promotoras do consumismo através das suas múltiplas festas e romarias, cheias de comes e bebes, rifas e sorteios, vendas de santinhos e velas e pelo negócio de inutilidades que se vendem na urbanização da Cova da Iria.
Parece-nos que antes do discurso o sr. bispo teve  um súbito ataque de amnésia.

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