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Se efetivamente ele/ela o quiser, você não poderá fazer nada, e isso acontecerá. É algo que não está sob seu controlo.
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IN "VISÃO"
08/11/19
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As 100 sombras de um Ex
Separam-se para ter paz. Apaixonam-se, pensando: “Agora é que é!”. Vivem à beira de um ataque de nervos porque a/o companheira/o não pára de falar e a sombra do EX não pára de atormentar
Esta
é uma das graves problemáticas das novas famílias. Estou convicta que
mais do que um problema comum a muitas relações, é uma “mina” gigantesca
que explode quando menos se espera, arrasando com qualquer relação.
Todos
temos passado, todos tivemos mais ou menos namorados, todos queremos
saber quantos é que o outro teve, perguntamos se foi importante ou menos
importante, ficamos a saber, e vamos à nossa vida. Histórias de um
passado que não existe mais, apesar de existir muita gente por aí com
sérias dificuldades em o aceitar.
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No
entanto, quando se trata de ex-companheiros, ex-maridos ou ex-mulheres,
pessoas com quem vivemos debaixo do mesmo teto e entre as mesmas quatro
paredes, a coisa muda de figura. Especialmente se existem filhos.
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E,
pergunta: Porquê? Porque apesar da relação “ter ido para o espaço”, se
existem filhos, existe relação, porque tem de existir contacto. E quanto
mais próxima for essa relação, para muitas pessoas, pior e mais difícil
é aceitá-lo. E se ninguém nos ensinou a gerir as emoções no que toca às
relações amorosas, muito menos nos ensinaram a gerir as nossas emoções
no que respeita à relação que o nosso companheiro/a tem com a sua/seu
ex.
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Receios,
ciúme, medo da perda e da traição, insegurança, profecias
autorrealizadas, sofrimento e dor, existe de tudo um pouco. Quando se
trata de relações que duraram dez, quinze, vinte anos, agrava-se.
Se a sombra do ex aparecia sozinha e de vez em quando, na fase do encantamento e paixão, quando tudo começa a serenar, eis que vem acompanhada de mais 99, e parece ter vindo para ficar.
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Se a sombra do ex aparecia sozinha e de vez em quando, na fase do encantamento e paixão, quando tudo começa a serenar, eis que vem acompanhada de mais 99, e parece ter vindo para ficar.
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Porque
ultimamente têm vindo ao meu conhecimento muitas situações destas,
todas diferentes, mas com algumas, senão muitas, semelhanças, decidi
escrever sobre este tema, porque esta dificuldade de aceitação do
passado de outro alguém, aliada à dificuldade em gerir/aceitar o facto
de que esses mesmos contactos e essa relação pressupõem o bem estar
emocional, psicológico e consequentemente físico de outras pessoas, a
maioria das vezes crianças das mais variadas idades, potencia uma
escalada de conflito perfeitamente evitável, se os envolvidos
conseguirem conversar sobre as suas emoções e inseguranças de forma
tranquila, sem fazer juízos de valor e sem proferir prévias sentenças
condenatórias. O problema é que muitos não conseguem conversar, mas
apenas discutir, quando não apenas se afrontar e magoar.
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Muitas
pessoas chegam a forçar o companheiro a mostrar-lhes todas as mensagens
que trocam com exs no que se refere à educação das crianças, pressionam
para alterar as rotinas e dias de visita dos menores, fazem exigências,
chantagem emocional, pressão no sentido de abreviar os contactos,
manipulam, espreitam a caixa de email e o telemóvel do companheiro,
comentam e criticam a educação, princípios e valores transmitidos,
tentam desempenhar o papel de mãe ou pai, no intuito de demonstrar que é
melhor mãe ou pai que o ex, denigrem, criticam, incapacitam quer o ex,
quer o companheiro presente, apenas por uma única razão: porque não
conseguem aceitar a sua existência dado esta simbolizar um perigo
constante para a sua relação.
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E
pergunto: o que será mais perigoso para uma relação: esses contactos
com o outro progenitor, porque é uma mãe ou pai interessada/o e
cuidadosa/o, ou esses comportamentos? Claro que são os segundos!
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Acredite,
essas atitudes podem detonar a sua relação em três tempos. Num primeiro
momento, o seu companheiro até pode achar que está com ciúmes e
explicar-lhe que está consigo porque a/o ama.
Num segundo momento, vai dizer-lhe que está a começar a ficar cansado da mesma conversa. Num terceiro momento, vai explodir e dizer o que não vai querer ouvir.
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Num segundo momento, vai dizer-lhe que está a começar a ficar cansado da mesma conversa. Num terceiro momento, vai explodir e dizer o que não vai querer ouvir.
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Gerir
uma relação parental com um ex de quem se tem um, dois, três ou mais
filhos, já é um desafio constante, pois se existiu uma separação não é
propriamente porque as pessoas se dão bem e estão de acordo em tudo, e
esse desacordo muitas vezes abrange também a educação a dar às crianças.
Se aliarmos esse desafio ao facto de existir um companheiro que está
repetidamente a desconfiar que existe algo mais do que uma relação
parental, e a tentar descobrir indícios de um romance anunciado, das
mais variadas formas e feitios, nomeadamente através da leitura da
expressão facial quando conversa com a mãe ou pai das crianças, temos a
composição exata da bomba atómica que irá explodir quando menos
esperarem.
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São
experiências como estas que estão a fazer com que muitas pessoas
escolham viver sozinhas para não ter de assistir a filmes mais ou menos
dramáticos, e assim evitam viver em permanente conflito. Mas, será esta
uma boa escolha? Renunciar a viver o Amor por medo, nunca é uma boa
escolha!
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Se receia ou tem medo que o seu companheiro volte a envolver amorosamente com a sua/seu ex, pense no seguinte:
Se efetivamente ele/ela o quiser, você não poderá fazer nada, e isso acontecerá. É algo que não está sob seu controlo.
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No
caso de existirem crianças, quanto pior for a relação que o seu ex
tiver com a ex companheira/o, mais sofrerão essas crianças e
consequentemente, maior será o sofrimento do seu companheiro/a, o que
irá influenciar determinantemente a vossa relação amorosa.
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Se
lhe é muito difícil gerir essa realidade, porque não procura um
companheiro que não tenha filhos ou que tenha filhos já crescidos e
independentes?
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Não
permita que pensamentos mais ou menos catastróficos determinem o rumo
da vossa relação, nem que a sua insegurança acelere a rutura da mesma.
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Não
é você que tem de ensinar ao seu companheiro como ele tem de se
relacionar com o seu/sua ex, nem o que lhe deve dizer, nem como educar
os seus filhos. Se ele lhe pedir para o ajudar, dê-lhe a sua opinião,
mas não o force a comportar-se como faria e a dizer o diria.
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Lembre-se, provavelmente a relação chegou ao fim porque a/o ex o/a tentou mudar também.
Se
sente receio, medo e insegurança constantes, equacione a possibilidade
de pedir ajuda. Todos eles podem estar mais relacionados com
experiências que tenha vivido e que o tenham marcado, do que
propriamente com a proximidade afetiva entre o seu companheiro e a
sua/seu ex.
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Sim, efetivamente a nossa mente gosta de ver os mesmo filmes, vez após vez. Mas só até ao momento em que o percebemos e escolhemos ver outros.
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Sim, efetivamente a nossa mente gosta de ver os mesmo filmes, vez após vez. Mas só até ao momento em que o percebemos e escolhemos ver outros.
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A
confiança numa relação é um dos alicerces mais importantes. Ou existe
ou não existe. Andar a fazer de polícia não lhe garante felicidade, pelo
contrário, é emocionalmente esgotante. Por isso, decida confiar. Se tem
razões para desconfiar, converse, esclareça e esqueça. Não permita que
sombras controlem o seu estado emocional e destruam a vossa relação.
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Estas
situações configuram aquilo que denomino de uma gigantesca “mina” das
novas relações familiares, e ou aprendem os dois a desarmadilhá-la, ou
as sombras dos exs vão multiplicar-se até ao dia em que a “mina” explode
e a relação termina.
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Enquanto
o seu foco estiver nas muitas sombras que o perseguem, a sua mente
estará a gastar energia com coisas que nada contribuem para o seu
bem-estar emocional e físico e a vida vai acontecendo sem a sentir.
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Imagine como se sentiria e como seria a sua relação e a sua vida, se essas sombras, simplesmente, desaparecessem…
IN "VISÃO"
08/11/19
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