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HOJE NO
"O JORNAL ECONÓMICO"
CMVM: Empresas demonstram falta
de conhecimento sobre
finanças sustentáveis
De acordo com o relatório divulgado pelo regulador do mercados sobre os fatores ‘ESG’, as 17 entidades envolvidas nessa consulta pública, entre as quais empresas e associações representativas do setor empresarial e financeiro e dos consumidores, sinalizaram dificuldades de “imprecisão e confusão conceptual” sobre o tema.
A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) divulgou esta
terça-feira, 12 de novembro o relatório relativo ao documento de
reflexão e consulta pública sobre finanças sustentáveis publicado em
fevereiro. As 17 entidades envolvidas, entre as quais empresas e
associações representativas do setor empresarial e financeiro e dos
consumidores, sinalizaram dificuldades de “imprecisão e confusão
conceptual” sobre o tema.
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“As entidades envolvidas na consulta pública revelaram que a integração dos fatores ESG [Environmental, Social and Governance]
nas suas organizações e nos processos de tomada de decisão, ainda que
de modo diferente consoante o modelo de negócio e sectores de atividade,
é uma preocupação presente e crescente”, pode ler-se no relatório divulgado pela CMVM.
Os
respondentes – AEM (Associação de Empresas Emitentes de Valores Cotados
em Mercado), APB (Associação Portuguesa de Bancos), APEE (Associação
Portuguesa de Ética Empresarial), APFIPP (Associação Portuguesa de
Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios), Banco Best, BCSD
(Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável), CFA Society
Portugal, CITE (Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego),
Deco, EDP, Euronext, GRACE (Grupo de Reflexão e Apoio à Cidadania
Empresarial), Granito Group, Jerónimo Martins, Ordem dos Economistas,
Sonae e Vieira de Almeida – revelaram unanimidade quanto aos benefícios
gerais da incorporação de fatores ambientais, sociais e de governaça nos
produtos e serviços oferecidos nos mercados financeiros, dado que os
mesmos promovem um futuro sustentável, inclusive para o bem-estar das
populações.
Tendo em conta que a sustentabilidade tem marcado a
agenda mediática, a generalidade das associações e empresas que
participaram na consulta pública consideraram “muito importante” que
fossem acauteladas tentativas de greenwashing (quando uma
organização investe em publicidade de boas práticas ambientais em vez de
as executar efetivamente). Nesse sentido, apresentaram como possível
solução o desenvolvimento e a aplicação de “critérios credíveis” para
definir o que, de facto ,constitui um investimento ESG e a avaliação do
seu cumprimento (por exemplo, criando índices de referência concretos).
O
regulador dos mercados destacou ainda “o impacto positivo que a
integração de fatores ESG pode gerar para os investidores e a sociedade
em geral, consubstanciado numa maior confiança em relação ao
funcionamento dos mercados financeiros e das instituições”. No entanto,
segundo a CMVM, foram apontadas dificuldades como: “falta de
conhecimentos no mercado sobre o tema; a prevalência de modelos de
gestão e investimento excessivamente focados no curto prazo; as
dificuldades de mensuração dos compromissos ESG, bem como dos impactos e
benefícios para a sociedade e o investidor; a heterogeneidade de
modelos de reporte de informação; os custos de reporte, entre outros”.
Face
a estes resultados, a entidade liderada por Gabriela Figueiredo Dias
comprometeu-se a a promover o debate e a partilha de informação o
assunto (o que inclui uma área específica no site), manter diálogo
permanente com os stakeholders, esclarecer e acompanhar os
emitentes no cumprimento de deveres de sustentabilidade e participar
ativamente em fóruns internacionais e nacionais sobre finanças
sustentáveis.
* Repare-se nas entidades questionadas e percebamos a ignorância de quem lidera as mesmas, chocante.
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