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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Agências de viagens alertam para
"fim de ciclo" e pedem turismo
no "centro da economia"
O presidente da associação de agências de viagens pede que se "redesenhe" a estratégia para o turismo para os próximos dez anos.
O setor do turismo vive um momento de "fim de ciclo", com abrandamento
do crescimento, quebras em algumas regiões e "importantes desafios" a
erguerem-se com "nitidez". O alerta parte de Pedro Costa Ferreira,
presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e de Turismo
(APAVT), que pede um redesenho da estratégia para os próximos dez anos
que "traga o turismo para a centralidade económica do país".
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* Imagem de João Abel Manta
"Já
não há quem não tenha referido que vivemos num momento de fim de ciclo.
O crescimento abrandou, nalgumas regiões registamos decréscimos e um
conjunto relativamente importante de desafios ergue-se agora com maior
nitidez do que nunca", afirmou o resposável, que falava na cerimónia de
abertura do congresso anual da APAVT, que decorre, até dia 17 de
novembro, na Madeira.
Em algumas regiões, continuou, "o diálogo entre o crescimento turístico e
o dia-a-dia das populações tornou-se mais difícil", ao mesmo tempo que
"a qualidade dos serviços não acompanhou a subida dos preços, que, por
esse motivo, irão, provavelmente, descer". E remata: "Alguns casos de
sucesso estiveram, afinal, ligados a novas ligações aéreas de
continuidade duvidosa".
Neste contexto, e tendo em conta o início
de uma nova legislatura, Pedro Costa Ferreira pede para se "redesenhar
toda uma estratégia para os próximos dez anos".
Dirigindo-se à
nova secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, também presente no
evento, defendeu que essa estratégia deverá procurar atrair "turistas
com mais capacidade de gastos" e promover "uma oferta com melhor
qualidade de serviço", com "mais território turístico, menor
sazonalidade" e menor "dependência de rotas aéreas construídas
artificialmente, com meros objetivos de curto prazo".
No fim,
"uma estratégia que traga o turismo para a centralidade económica do
país, assegurando mais crescimento e bem estar económico".
Problemas aeroportuários são de "política turística"
No discurso de abertura, Pedro Costa Ferreira referiu, ainda, os "problemas aeroportuários", que diz afetarem todo o país.
"Os
problemas aeroportuários são tanto da engenharia como da política
turística. E não é um problema de Lisboa, é de todo um país, país que
certamente gostaria de ver, nesta legislatura, numa perfeita interação
entre as tutelas do turismo e dos transportes, já que, uma vez mais, não
podemos ter os dois temas debaixo da mesma tutela", afirmou,
referindo-se aos "problemas de sazonalidade não resolvidos" e ao
"problema de inoperabilidade" da Madeira.
SATA? "Pior, seria impossível"
O
presidente da APAVT apelou, ainda, a que haja um "conjunto alargado de
esforços, de um espectro diversificado de players", que traga para a
SATA "uma solução societária e uma estratégia credível". Isto para fazer
face àquele que, até agora, foi o percurso da companhia aérea. "Pior,
seria impossível".
Quanto à TAP, destaca o "percurso interessante
e louvável de crescimento, de inovação técnica e de meritória procura
de novos mercados". Mas alerta para os resultados financeiros. "Se, no
ano passado, esperava que o prejuízo não fosse recorrente, este ano, o
primeiro semestre deixa antever um agravamento do resultado final, mesmo
em momento de crescimento da operação".
* Foi um fartar vilanagem, só faltava tirar olhos aos turistas, porque dinheiro era fácil, agora, façam as malas....
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