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HOJE NO
"OBSERVADOR"
Grupo de adeptos escreve carta aberta
ao Benfica por causa de André Ventura
.Deputado já reagiu
.Deputado já reagiu
Adeptos do Benfica pedem fim à “instrumentalização política” do clube pelo partido Chega. André Ventura reagiu: "Sempre separei política do futebol. Nunca usei o nome do Benfica durante a campanha".
Um grupo de adeptos do Benfica pediu à direção presidida por
Luís Filipe Vieira para pôr fim à “instrumentalização política” do
clube pelo partido Chega, em carta aberta publicada esta sexta-feira na Tribuna Expresso.
A direção do Benfica não pode continuar a pactuar com a evidência mediática: o Chega chegou ao Parlamento porque é liderado por uma personagem que é conhecida apenas e só por causa do Benfica”, denuncia o grupo de cinco subscritores.
Jacinto Lucas Pires, Henrique Raposo, Pedro Norton, José Eduardo Martins e Ricardo Araújo Pereira expressam
publicamente “indignação” perante o facto de o presidente do Chega,
André Ventura, ter usado o clube “para criar uma persona política”,
assinalando que “a instrumentalização política do Benfica é errada por
princípio”.
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“Neste caso, é ainda mais grave, porque o
Chega é um partido de extrema-direita abertamente antissistema e
xenófobo, isto é, um partido que é a negação da identidade do Benfica.
O clube de Eusébio, Coluna, Renato e Gedson, entre outros, não pode ser
associado a uma figura xenófoba”, adverte aquele grupo de adeptos.
Contactado
pela agência Lusa, o Benfica recusou comentar a carta aberta e remeteu
para os estatutos do clube, nos quais é indicado que o clube não
diferencia os sócios “em razão da raça, género, sexo, ascendência,
língua, nacionalidade ou território de origem, condição económica e
social e convicções políticas, ideológicas e religiosas”.
Em declarações
ao jornal desportivo Record, André Ventura reagiu à carta aberta,
lamentando “que continuem a chamar o Benfica para esta questão.”
Sempre separei política do futebol. Nunca usei o nome do Benfica, nem assisti a qualquer o jogo durante a campanha. Saúdo a posição do Benfica em não fazer comentários e remetendo para os estatutos”, referiu.
O
líder do Chega continuou: “Quanto ao conteúdo da carta, não me afeta.
Trata-se de um exercício de liberdade de cidadãos e um político tem de
estar sujeito à crítica. Sinto é quando me acusam de ser xenófobo e
racista, coisa que não sou.”
Segundo o Record, André Ventura ainda não decidiu se vai passar apenas a exercer as funções de deputado.
A atividade de deputado não é impeditiva de continuar as ser comentador televisivo, até porque a presença é noturna. Mas é uma questão que tenho de avaliar com a CMTV e o seu dirertor-geral, não depende só de mim”, explicou.
O Chega, pelo qual André Ventura foi eleito
deputado por Lisboa, é uma das três novas forças políticas que chegaram
ao Parlamento, na sequência das eleições legislativas realizadas no
domingo, em conjunto com o Livre e o Iniciativa Liberal.
* Claro que o Benfica não merece ser instrumentalizado, mas pôs-se a geito.
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