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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
DGS quer proibir vários alimentos
nas máquinas das escolas
A
mudança de hábitos na alimentação infantil foi defendida esta
segunda-feira, no Porto, pela diretora-geral de Saúde (DGS), Graça
Freitas, que quer também proibir dois terços dos alimentos das máquinas
de venda automática nas instituições de ensino.
Em
declarações à margem da apresentação na reitoria da Universidade do
Porto (UP) do relatório Anual do Programa Nacional para a Promoção da
Alimentação Saudável, Graça Freitas reiterou a aposta na mudança de
"ambientes alimentares", destacando o contributo das universidades neste
objetivo.
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"Destaco a aposta forte da Direção-Geral de
Saúde neste programa e dois aspetos fundamentais: um é a informação, a
comunicação, a capacitação e a literacia dos cidadãos para fazerem
escolhas saudáveis, outro é trabalhar em ambientes que facilitem as
escolhas", afirmou a responsável.
Apontando
o modificar dos ambientes alimentares como forma de "transformar os
alimentos de forma a que os cidadãos tenham a sua escolha facilitada", a
diretora-geral lembrou que "a reformulação e a taxação das bebidas
açucaradas já levou a uma diminuição drástica do consumo por parte dos
consumidores".
Colocando ênfase na
"urgência de mudança de estilos de vida", apontou como exemplo a
alimentação infantil, dando como exemplo, que o "que se preconiza hoje é
o leite materno até os seis meses de idade e que as crianças não
consumam bebidas açucaradas".
Passando
para as universidades, elencou a sua importância neste caminho,
explicando que quando "as pessoas entram para a vida universitária
iniciam uma nova fase da sua vida, que habitualmente coincide com a
saída de casa, com outros desafios sociais e económicos, sendo que ou
acabam por comer em cantinas escolares ou por ter de comprar, cozinhar
os alimentos".
Neste capítulo, defendeu
que o compromisso em que a DGS, através do seu Programa Nacional para a
Promoção da Alimentação Saudável vai ajudar a UP neste plano,
"compromete a universidade não só a capacitar a comunidade académica
como a dar uma alimentação mais equilibrada nutricionalmente aos seus
alunos e docentes".
Questionada pela
Lusa se no prazo de uma década será possível cumprir as alterações agora
reclamadas, Graça Freitas disse haver "muitas coisas em jogo quando se
fala de alimentação".
"Há todo um setor
que tem a ver com a produção, com questões económicas, sociais e de
educação.
O setor da saúde é apenas um dos que influencia os hábitos e escolhas alimentares da população, neste caso, que está em Portugal", argumentou.
O setor da saúde é apenas um dos que influencia os hábitos e escolhas alimentares da população, neste caso, que está em Portugal", argumentou.
E continuou: "Não sei dizer
se uma década é suficiente para mudar drasticamente os hábitos
alimentares, o que eu tenho como certeza é que uma década, um ano ou um
período mais curto é suficiente para modificar hábitos alimentares. Hoje
temos condições para que países como o nosso, desenvolvidos, mas não
só, globalmente, tenham uma alimentação mais saudável do que em décadas
anteriores".
O diretora-geral concordou
em "proibir" dois terços dos produtos alimentares à venda nas máquinas
automáticas, mas lembrou que não se consegue "modificar tudo que existe à
volta de um dia para o outro".
"As
modificações vão-se fazendo (...) Não adianta só legislar, tomar medidas
e não ter os compromissos necessários para que essas medidas vinguem",
disse.
Elogiando a questão do leite
escolar: "é muito bem-sucedida" em Portugal, Graça Freitas divulgou que
as taxas atingidas "são da ordem de quase 100% de utilização"
"Em
relação à fruta e aos legumes, os resultados não são tão bons, porque a
adesão passa também por algum voluntariado das próprias escolas. É mais
uma vez um trabalho que é feito entre o Ministério da Saúde, da
Educação, as autarquias, há aqui muitos parceiros envolvidos e que temos
de melhorar", acrescentou.
* Com o todo o respeito que temos pela sra. DGS diremos que concordar proibir é ZERO, é preciso mesmo proibir.
* Com o todo o respeito que temos pela sra. DGS diremos que concordar proibir é ZERO, é preciso mesmo proibir.
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