28/06/2019

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HOJE NO 
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS/ 
/DA MADEIRA"
Padre Martins Júnior participou no dia diocesano do Clero no Porto da Cruz

Ao fim de 42 anos de suspensão, o Padre Martins Júnior, administrador paroquial da Ribeira Seca, participou hoje no dia diocesano do Clero, no Porto da Cruz.
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Recorde-se que o bispo do Funchal Nuno Brás revogou, a 16 de Junho, a suspensão do padre Martins Júnior, que tinha sido decretada em 27 Julho de 1977 pelo bispo Francisco Santana, por considerar que, passados estes anos “as razões primeiras que levaram à aplicação e manutenção dessa pena deixaram de existir”.

Depois de ter ouvido o reverendo Padre Martins Júnior e os Conselhos Episcopal e dos Consultores, o Bispo do Funchal decidiu revogar a referida pena de suspensão, nomeando-o administrador paroquial da Ribeira Seca.

* Padre Martins Júnior
A sua intensa actividade política no período pós 25 de Abril, que muitas vezes se confunde e imiscui nas suas obrigações religiosas, granjeia-lhe um apoio incondicionado por parte de grande parte dos seus paroquianos que vêm nele a voz de uma vontade muitas vezes ignorada, silenciada e amordaçada.
A sua atitude política, energética e reivindicativa, com cunho marcadamente esquerdista irá colocá-lo em rota de colisão com as ideias ultraconservadoras defendidas pelas estruturas eclesiásticas e personificadas no discurso do então bispo da diocese do Funchal,  Francisco Antunes Santana.
O clima de crispação entre o Padre Martins Júnior e as estruturas religiosas da altura atinge uma tal magnitude que Francisco Antunes Santana tenta, a 5 de Novembro de 1974, auxiliado por elementos das forças policiais, expulsá-lo da paróquia da Ribeira Seca. 
Contudo a população, fiel ao seu pároco e às ideias que ele defende, luta de forma determinada e inquebrantável durante mais de duas semanas para mantê-lo à frente dos destinos da paróquia. Durante esse período foram recorrentes os protestos, as vigílias diurnas e nocturnas, a agitação e o recurso à violência, quando necessária para defender a sua posição. 
(WIKIPEDIA)

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