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HOJE NO
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Saúde
Programa eleitoral do CDS prevê
.alargamento “da ADSE para todos”
.alargamento “da ADSE para todos”
Proposta aponta para a entrada gradual e faseada
de trabalhadores do setor privado. “Não faz sentido que haja um seguro
de saúde específico para a função pública”, diz Mesquita Nunes.
O CDS quer alargar as regras de entrada na
ADSE – o subsistema de saúde da administração pública – a quem não é
funcionário público, porque deixou de ser financiado pelo Estado, sendo
pago pelos seus beneficiários. “Não faz sentido que haja um seguro de
saúde específico para funcionários públicos”, afirmou ao i o coordenador
do programa eleitoral dos centristas, Adolfo Mesquita Nunes.
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Assim, o CDS propõe “o alargamento da ADSE para todos, reconhecendo o
seu papel complementar ao Serviço Nacional de Saúde e a sua mais-valia,
que deve estar disponível independentemente de se ter ou não um vínculo
laboral ao Estado”.
Em linhas gerais, a proposta do CDS para as próximas eleições
legislativas relativamente à ADSE, prevê a constituição de uma comissão
técnica para avaliar e definir o perfil e condições de acesso “de novos
entrantes” naquele subsistema, abrindo a porta aos trabalhadores do
setor privado.
Entra quem quer? O processo não pode ser feito de um dia para o outro
e é preciso avaliar até onde o sistema pode absorver mais pessoas e em
que prazos. “A ideia é chegar ao fim de um processo de transição com a
abertura [a mais pessoas], mas tem de se fazer faseadamente para
garantir a sustentabilidade da própria ADSE. Como tem de ser faseada e
tem de ser gradual, é preciso que se faça uma análise, nomeadamente, de
que forma é que se pode fazer esse faseamento, eventualmente, por
categorias etárias, etc.”, afirma Adolfo Mesquita Nunes.
Os critérios serão definidos pela respetiva comissão de
especialistas, tendo por base a negociação da sua aplicação também em
sede de concertação social.
De acordo com a proposta que irá constar da versão final do programa
eleitoral de Assunção Cristas, a ADSE será sempre “um subsistema
complementar ao Serviço Nacional de Saúde” e o seu alargamento a quem
não é funcionário público ou pensionista, pago pela Caixa Geral de
Aposentações (CGA), não pode colocar em causa “a sustentabilidade”
daquele subsistema de saúde. Antes pelo contrário, segundo o CDS,
servirá para reforçar a sua sustentabilidade.
Discriminações A proposta centrista tem por base a ideia de que
existem discriminações entre os funcionários públicos e os trabalhadores
do setor privado que devem ser eliminadas.
“A ADSE é paga a 100 por cento pelos beneficiários. Deixou de ser
algo que o Estado, enquanto empregador, tem com os seus funcionários, e
passou a funcionar como um seguro de saúde. Então, se passou a funcionar
como um seguro de saúde, deixou de ser algo específico dos funcionários
públicos para passar a ser algo a que qualquer pessoa deve ter acesso”,
argumenta Mesquita Nunes para justificar a sua posição. Insistindo
sempre que qualquer processo de alargamento terá de ser feito de forma
gradual, o CDS quer também uma alteração ao Código do IRS para garantir
um tratamento fiscal igual para todos, funcionários públicos e
trabalhadores do setor privado. Para os democratas-cristãos, o
tratamento fiscal não é igual e, na maioria dos casos, “é mais favorável
aos funcionários públicos”.
Por exemplo, as contribuições da função pública para a ADSE são
dedutíveis à matéria coletável (valores incluídos e somados nos
descontos para a Caixa Geral de Aposentações, por exemplo), enquanto os
prémios de seguro pagos por um trabalhador do setor privado entram como
despesas de saúde no IRS. Para os centristas, um funcionário público
pode deduzir tudo como beneficiário, e um trabalhador do privado não.
Neste ponto, Mesquita Nunes admite que uma alteração ao Código do IRS
possa harmonizar tudo como dedução em despesas de saúde.
Proposta só para a função pública Atualmente, os beneficiários da
ADSE pagam 3,5% sobre o seu salário ou pensão, sendo a retenção feita na
fonte (CGA ou Centro Nacional de Pensões). Existem, contudo, isenções
para quem recebe abaixo do salário mínimo nacional (pensionistas). O
último relatório de atividades do instituto revelou que a ADSE perdeu 18
mil beneficiários entre 2016 e 2018 – tem 1,2 milhões de beneficiários.
O Governo tem entre mãos, desde maio de 2018, uma proposta de
alargamento do subsistema aos funcionários públicos que já desistiram (e
que, por lei, não podem regressar), além do ingresso naquele subsistema
de quem tenha um contrato individual de trabalho com o Estado. A
proposta foi feita pelo Conselho Geral e de Supervisão da ADSE.
* Tem lógica esta proposta eleitoralista do CDS. Sendo a democracia cristã uma "ferramenta" promotora da desigualdade social, nada melhor que colocar faseadamente todos os portugueses no mesmo alforge, ele próprio "costurado" para distinguir cidadãos de primeira e de terceira.
O mais simples é acabar com a ADSE e já agora com a 'concordata' outra ferramenta destinada a criar desigualdades.
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