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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS/
/DINHEIRO VIVO"
Seis respostas para entender a greve
– e onde abastecer
O que está em causa, o que foi feito e para quando se espera acordo
Porque estão parados os motoristas de matérias perigosas?
Em
protesto "por tempo indeterminado", os motoristas de matérias perigosas
entraram em greve nacional às 00.00 de segunda-feira, para reivindicar o
reconhecimento da categoria profissional específica. "Nas próximas 48
horas não vamos abastecer nada", garantem os trabalhadores, o que, tendo
em conta que "sexta-feira é feriado e de seguida temos fim de semana de
Páscoa, faz prever uma situação muito complicada para o nosso país",
admitem, apelando ao diálogo com a tutela.
Não há serviços mínimos garantidos?
Os
serviços mínimos definidos pelo governo para esta greve foram
impugnados, mas já hoje entrou em Diário da República a portaria que
efetiva a requisição civil dos motoristas, que produz efeitos até ao dia
15 de maio.
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O ministro da Economia apelou aos motoristas de mercadorias
perigosas para que cumpram os serviços mínimos: "Queria apelar mais uma
vez aos motoristas para que, no exercício do seu direito de greve, não
deixem de cumprir a lei e a requisição civil no âmbito dos serviços
mínimos que foram determinados", disse Siza Vieira. Os trabalhadores
dizem-se disponíveis, mas divergem na interpretação do que constitui
esse serviço.
Postos de abastecimento e transportadoras têm combustível suficiente?
Pouco
mais de 24 horas depois de começar, a greve está já a ter efeitos nas
operações dos aeroportos de Lisboa e Faro, que esta tarde estavam já com
problemas de combustível, além de já haver postos de abastecimento pelo
país que ficaram sem gasolina depois de as notícias da greve terem
provocado uma corrida às gasolineiras. Também as transportadoras
rodoviárias estão a ficar muito preocupadas, com o representante destas,
Cabaço Martins, a falar numa "situação limite" e o grupo Barraqueiro,
maior transportadora do país, a admitir ter combustível para "mais um ou
dois dias", mas, caso a greve se prolongue, se ver obrigado a "suprimir
serviços públicos de transportes", assumiu fonte oficial da empresa de
Humberto Pedrosa.
E se precisar de abastecer com urgência?
Com
várias bombas de gasolina a ficarem secas por todo o país, uma
plataforma criada pela VOST Portugal (Voluntários Digitais em Situações
de Emergência), com a ajuda do criador do Fogos.pt, está a informar em
tempo real sobre os postos de abastecimento que ainda têm combustível.
As informações são fornecidas pelos próprios utilizadores.
O endereço é
janaodaparaabastecer.vost.pt e às 18:44 contavam-se já 393 postos sem
gasóleo, 98 sem gasolina e 276 sem nenhum dos combustíveis. Há resolução
à vista? O ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, a
Associação Nacional de Transportes Públicos Rodoviários de Mercadorias e
o Sindicato Nacional dos Motoristas de Mercadorias Perigosas anunciaram
que vão reunir-se às 21 horas.
Desta reunião poderá sair um acordo para
o fim da greve. E se não houver acordo? Há risco de o país parar mesmo?
O governo decretou hoje a requisição civil para fazer cumprir os
serviços mínimos, mas o Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias
Perigosas defende que isso apenas respeita ao abastecimento aos
hospitais e serviços de proteção civil.
Sem solução em tempo útil que
permita evitar problemas sérios ao país - transportadoras, aeroportos e
cidadãos -, a requisição militar pode ser a solução de recurso até que
se chegue a uma mais definitiva.
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Há resolução à vista?
O ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, a Associação Nacional
de Transportes Públicos Rodoviários de Mercadorias e o Sindicato
Nacional dos Motoristas de Mercadorias Perigosas anunciaram que vão
reunir-se às 21 horas. Desta reunião poderá sair um acordo para o fim da
greve.
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E se não houver acordo? Há risco de o país parar mesmo?
O governo decretou hoje a requisição civil para fazer cumprir os
serviços mínimos, mas o Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias
Perigosas defende que isso apenas respeita ao abastecimento aos
hospitais e serviços de proteção civil. Sem solução em tempo útil que
permita evitar problemas sérios ao país – transportadoras, aeroportos e
cidadãos -, a requisição militar pode ser a solução de recurso até que
se chegue a uma mais definitiva.
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* As greves foram feitas para causar transtornos e para os cidadãos perceberem que há classes de trabalhadores em luta apesar do folclore governativo.
Um camionista de transportes de matérias perigosas é tão importante como um ministro, somos obrigados a reconhecer a sua categoria profissional especifíca e a do camionista népia.
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