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HOJE NO
"DINHEIRO VIVO"
Altice reage a ANACOM e admite encerrar
.cabines públicas do serviço universal
.cabines públicas do serviço universal
Contrato com Altice acaba amanhã. Anacom quer lançar concursos públicos para a prestação do serviço universal de telecomunicações.
A Altice já reagiu à proposta da Anacom de
lançar concursos públicos para a prestação do serviço universal de
telecomunicações durante um período transitório de um ano. A dona do Meo
ameaça encerrar as cabines de telefone públicas do serviço universal da
qual é prestadora e cujo contrato termina já amanhã, 9 de abril.
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“A Altice Portugal não está disponível para se comprometer com propostas
que pretendem apenas remendar uma decisão errada já anteriormente
tomada pela Anacom de acabar com este serviço público. Se nada vier a
ser feito em sentido contrário, a Altice Portugal irá desativar os
postos públicos, na sequência desta decisão e em cumprimento com os
preceitos legais”, avisa a operadora, em comunicado.
A Anacom propõe uma prestação transitória
de serviço universal, de um ano, por um valor na ordem dos 52 mil euros.
Na nota enviada aos media, o regulador recomendava um preço base na
oferta de postos públicos “de 52,5 mil euros para o período de vigência
do contrato de um ano (valor que compara com o custo atual de 2,5
milhões de euros, para um parque de 8222 postos públicos,) para
assegurar a disponibilização de um total de 175 postos públicos num
conjunto de 175 freguesias predominantemente rurais e em todas as ilhas
das regiões autónomas dos Açores e da Madeira”.
Dado o retrato, “a Altice Portugal repudia
uma decisão que pretende discriminar negativamente o território,
tratando os portugueses de forma desigual, como se existissem
portugueses de primeira e de segunda”, diz a empresa, que classifica
esta decisão do regulador como um “recuo” que “serve apenas para iludir
os mais distraídos, já que se trata do encerramento de milhares de
postos públicos que são particularmente cruciais em territórios de mais
baixa densidade populacional”.
A operadora explica ainda que vai “dirigir-se por escrito à Associação
Nacional de Municípios Portugueses e à Associação Nacional de Freguesias
lamentando esta decisão, à qual é totalmente alheia e à qual sempre se
opôs frontalmente, considerando que apenas demonstra insensibilidade
social e falta de conhecimento do território e das suas necessidades”.
A dona da Meo acusa ainda o regulador de voltar “a minimizar” a real
utilização das tradicionais cabines telefónicas, que garante ainda
originarem “vários milhões de chamadas por ano, sendo a sua utilização
significativa, incluindo no que diz respeito às chamadas de emergência”.
No final do ano passado, foram libertados números relativos às chamadas
feitas em postos públicos, apontando para um total de 3,1 milhões de
chamadas — cerca de metade dos 6 milhões anteriormente reportados.
“Os postos públicos do serviço universal
estão instalados em diversos locais, da maior importância social, como
sejam hospitais, prisões, tribunais, escolas ou centros de dia, num
total de 8222 ao dispor da população. Além disso, são também 5% destes
postos públicos que disponibilizam à população com deficiência de
mobilidade a possibilidade de telefonarem em caso de necessidade, uma
vez que estão instalados numa posição adaptada”, detalha a Altice.
E afirma que, “ao contrário do que é afirmado pela Anacom”, são os
postos públicos afetos ao serviço universal que garantem o acesso
24h/dia às populações em caso de necessidade, “e não os outros postos
públicos que são explorados comercialmente, já que estes têm uma
disponibilidade condicionada ao horário da atividade comercial de cada
estabelecimento e terão que ser desmontados caso exista um pedido para
tal”.
A Altice Portugal lamenta por isso a posição adotada pela Anacom que diz
significar “o fim do serviço universal de postos públicos, em prejuízo
dos cidadãos nacionais”.
O fim do serviço universal da rede fixa, neste caso prestado pela NOS e
cujo contrato chega ao fim a 1 de junho, também foi recomendado pelo
regulador ao governo, em termos semelhantes — concurso para período
transitório de um ano por um valor a rondar os 50 mil euros. Também esta
operadora, liderada por Miguel Ameida, já reagiu.
“A NOS sempre defendeu que não há qualquer
justificação para a existência do Serviço Universal, dado que o mercado
tem hoje disponíveis uma série de ofertas que responde a 99,9% das
necessidades dos consumidores. E continuamos a defender esta visão.”
Havendo intenção de avançar com um novo concurso, a NOS estará
“disponível para avaliar a eventual prestação desse serviço”, avançou
fonte oficial da operadora.
* Quando as operadoras se guerreiam, o regulador é autista e a tutela assobia para o lado, quem se lixa é o mexilhão, o zé povinho.
* Quando as operadoras se guerreiam, o regulador é autista e a tutela assobia para o lado, quem se lixa é o mexilhão, o zé povinho.
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