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HOJE NO
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Constitucional rejeita
último recurso de Duarte Lima
Prisão do ex-deputado social democrata está por dias
O Tribunal Constitucional rejeitou hoje o último recurso de Duarte
Lima no âmbito do processo BPN/Homeland.
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Desta vez foi o plenário a
recusar o pedido da defesa do ex-deputado do PSD, depois de já ter sido
rejeitado um recurso ordinário no final do ano passado. Duarte Lima terá
assim que cumprir a pena de seis anos a que foi condenado por burla ao
BPN, sendo que a sua defesa quer que fique num hospital prisão.
A decisão surge num dia em que se ficou a saber que as suas
casas estão já a ser leiloadas no âmbito do processo de insolvência
pessoal – em que tem como credores, além da holding estatal que ficou
com os ativos tóxicos do BPN, o Novo Banco e os herdeiros de Tomé
Feteira.
O caso
Em abril de 2016, o Tribunal da Relação de Lisboa confirmou a
existência de um esquema para burlar o Banco Português de Negócios (BPN)
na compra de terrenos em Oeiras. A prova produzida em primeira
instância foi confirmada, mas os desembargadores Rui Rangel e Francisco
Caramelo decidiram, porém, reduzir a pena de dez anos de prisão (a que
Lima tinha sido condenado pela 7.a Vara Criminal de Lisboa) para seis
anos.
As penas a que foram condenados os restantes quatro arguidos também
foram reduzidas. Vítor Raposo, sócio de Duarte Lima, viu a sua pena
encurtada de seis para quatro anos de prisão, por burla qualificada.
Francisco Canas, que entretanto já faleceu, que fora condenado a quatro
anos de prisão por branqueamento de capitais, viu a pena ser reduzida
para três anos. E os advogados João e Pedro Almeida e Paiva viram a
Relação fixar as suas penas em dois anos e seis meses e dois anos de
prisão, respetivamente. Inicialmente, os advogados que representavam os
herdeiros dos terrenos adquiridos pelo fundo imobiliário Homeland –
detido por Duarte Lima, Vítor Raposo e o BPN – tinham tido condenações
de quatro e dois anos de prisão.
Os juízes desembargadores consideraram ter ficado provado que “os
terrenos Homeland foram vendidos ao Fundo Homeland por 47 845 000 euros,
por via de um empréstimo concedido pelo BPN; o valor real da venda dos
terrenos era de 30 milhões de euros; o prejuízo da Parvalorem (BPN) é a
diferença entre estes valores, ou seja, 17 845 000 euros”.
* Sabemos que o sr. Duarte Lima foi vítima duma doença oncológica e respeitamos isso. Mas gozava de plena saúde quando cometeu as várias fraudes, cancro não é argumento para não ser preso, aguente-se que felizmente julgamos não estar em situação terminal.
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