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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Catroga diz que não é "um 'boy'"
e apenas aceitou "missões cívicas"
O
ex-presidente do Conselho Geral e de Supervisão da EDP, Eduardo Catroga,
repudiou hoje que o facto de uma pessoa "desempenhar uma missão cívica"
a iniba depois de aceitar funções em empresas, recusando ser
classificado como "um 'boy'".
Eduardo
Catroga está hoje a ser ouvido na comissão parlamentar de inquérito ao
pagamento de rendas excessivas aos produtores de eletricidade e, na
primeira ronda de perguntas, foi questionado pelo deputado do CDS-PP
Hélder Amaral sobre o conceito de portas giratórias aplicado ao setor da
energia, uma teoria que o antigo ministro das Finanças diz não
perceber.
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"Não
me venham dizer que eu sou um 'boy', eu fiz o sacrifício de aceitar
missões cívicas. O facto de uma pessoa em determinado momento
desempenhar uma missão cívica não pode ficar inibido de aceitar funções
nas empresas. Repudio totalmente isso", criticou.
Sobre
os profissionais que encontrou na elétrica, Catroga garantiu que, "em
50 anos de vida profissional, foi do melhor" que encontrou, "pessoas de
alto quilate".
O deputado a abrir a
primeira ronda foi o bloquista Jorge Costa, que quis saber como é que a
EDP tinha tido acesso ao estudo encomendado em 2012 pelo Governo a uma
equipa de peritos de Cambridge, documento que introduziu o tema das
rendas excessivas.
"Os pressupostos técnicos dos estudos entregues à 'troika' estavam incorretos ou imperfeitos", respondeu.
Perante
a insistência sobre quem teria enviado este estudo à EDP, Catroga não
conseguiu responder, uma vez que disse não saber como o estudo apareceu.
"A
'troika' fez um trabalho técnico muito imperfeito, baseando-se em
estudos que a própria União Europeia refuta tecnicamente", reiterou.
O
ex-presidente do Conselho Geral e de Supervisão da EDP voltou a
criticar o "grupo de pressão, que conseguiu criar esta construção
artificial" das rendas excessivas.
"Esse
grupo é conhecido, é o grupo que fez queixas em Bruxelas e perdeu, é o
grupo que queria o nuclear, que se consideravam papas da política
energética portuguesa, agarrados ao passado", condenou.
* Claro que o sr. Eduardo Catroga não é um "boy", é um "missionário" com pelos púbicos e tudo.
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