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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Portugal "livre" de descartáveis
"mais tardar em 2021", diz ministro
O
ministro do Ambiente disse esta sexta-feira, na Maia, que "o mais tardar
em 2021 Portugal estará livre de palhinhas e garrafas de plástico"
referindo-se a um desafio que pretende lançar ao país ainda durante o
primeiro semestre deste ano.
João
Pedro Matos Fernandes, que falava perante alunos de vários graus de
ensino do Colégio Novo da Maia, distrito do Porto, começou por avançar
que o projeto 'tara retornável' vai ser alargado este ano, para depois
avançar que quer Portugal "livre" de descartáveis no espaço de três
anos.
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TAMBÉM DESCARTÁVEL |
Questionado
sobre qual o planeamento e regras para a implementação desta medida, o
ministro do Ambiente e da Transição Energética apontou que conta fazer
"a proposta até ao final deste primeiro semestre" para que depois "o
país tenha dois anos de adaptação para que isso se conclua".
Quanto
à tara retornável, medida que se traduz no depósito em máquinas de
embalagem como garrafas de plástico ou latas de alumínio que podem ser
trocadas por vales de desconto, Matos Fernandes apontou que este ano vão
ser instalados 50 equipamentos em todo o país.
"É
um absurdo que se esteja a fabricar com um material indestrutível um
bem que se usa uma só vez. Tudo o que é descartável tem mesmo de
abandonar a nossa economia e sociedade no menor número de anos
possível", disse o ministro.
Antes,
perante dezenas de alunos que tiveram a oportunidade de lhe fazer
perguntas e ficaram a saber que o sonho do ministro era ser professor de
filosofia, Matos Fernandes disse que quer levar a todos os portugueses
as preocupações ambientais e elegeu a construção de saneamento básico
como o projeto que mais evoluiu nos últimos 25 anos.
"Há
25 anos só 50% da água era boa para beber e agora 98,9% é potável.
Portugal tinha 65 praias com bandeira azul e agora tem 325. Somos
líderes no mundo no fazer e no gerir a rede de saneamento básico", disse
o governante que já sobre energias renováveis disse que o país "pode
progredir bastante em todas as áreas, sobretudo na solar".
"É preciso combater a ideia de que o sustentável é caro" foi outra das ideias mais frisadas por João Pedro Matosos Fernandes.
O
ministro do Ambiente visitou o Colégio Novo da Maia para conhecer o A+
Sustentabilidade - A construção de um mundo melhor, um projeto que
mobiliza 900 alunos do 1.º ao 12.º anos em torno das questões
ambientais.
Matos Fernandes assistiu a
várias apresentações, recebeu um saco de papel das mãos dos alunos do
8.º ano que procuraram incentivar a comunidade escolar a trocar o
plástico pelo papel, provou paté de cavala graças às preocupações dos
alunos de 12.º que lembraram que a sardinha é uma espécie ameaçada,
entre outros momentos.
"Este é um
daqueles projetos educativos felizes, complexo, mas ao mesmo tempo
descomplicado. A disciplina de que não nos podemos mesmo esquecer fora
da escola é a sustentabilidade", disse o ministro do Ambiente ao
comentar o projeto.
O presidente da
câmara da Maia, António Silva Tiago, elogiou "os grandes projetos que
educam para o futuro", enquanto o diretor do colégio, David Pinto, falou
da "urgência de formar cidadãos críticos e com espírito empreendedor".
* Mais uma promessa de ministro absolutamente descartável.
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