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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Maria João Rodrigues: "surpresa e choque" com queixas de assédio moral
O Parlamento Europeu está a investigar a eurodeputada Maria João Rodrigues por assédio moral. Uma funcionária do seu gabinete queixa-se de pressão, tentativas para reduzir salário e de represálias a quem contesta a ex-ministra.
O Parlamento Europeu abriu uma investigação de assédio moral
precisamente contra um dos seus membros defensor da política social da
UE, noticia a edição europeia do Politico. Acrescenta que o queixoso fez
nove denúncias contra a eurodeputada portuguesa Maria João Rodrigues.
Em declarações à TSF, a antiga ministra socialista mostra "surpresa e
choque" com as queixas e nega categoricamente as acusações.
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Entre os motivos apresentados para a queixa estão as
tentativas de reduzir as horas de trabalho e salário de um funcionário
após a licença maternidade, o trabalho fora do horário do expediente e
ameaças de represálias a quem contesta as suas decisões.
Maria João Rodrigues confirmou ao Politico a
investigação. "Confirmo que houve uma reclamação de um assistente
parlamentar sobre diferentes entendimentos dos deveres profissionais.
Existe um procedimento padrão para lidar com essas situações e definir
uma boa solução, mas ainda precisamos esperar pelo resultado ",
respondeu via email.
Já depois desta resposta, Maria João Rodrigues explicou à TSF os
detalhes sobre o caso, garantindo que já tentou falar com a funcionária
que apresentou a queixa, que recusou o pedido da eurodeputada
portuguesa. "Uma assistente parlamentar, que colaborou comigo durante
três anos, apresentou uma queixa, muito embora nunca tenha manifestado
qualquer problema ou mal-estar. Foi com grande surpresa e um certo
choque que recebi uma queixa da parte dela", conta Maria João Rodrigues,
que confirma também que telefonava à assistente depois das 17.00.
"Verificou-se quando eu tinha um problema de viagem com alguma alteração
de planos ou necessidade remarcar um avião".
No entanto, a
eurodeputada acrescenta que terá recorrido aos serviços desta
funcionária, que era responsável pela gestão dos transportes e agenda,
apenas "umas seis ou sete vezes por ano, mas ela entende que isso vai
além da sua obrigação profissional". Maria João Rodrigues reconhece
ainda que a pressão neste trabalho é elevada, é o gabinete de alguém
"que não é só deputada mas é também vice-presidente de bancada e,
durante uma certa fase, foi mesmo líder de bancada de um grupo que tem
180 deputados".
Depois de rejeitar categoricamente certas versões
noticiadas pela imprensa, a antiga ministra socialista argumenta ainda à
TSF que não vê mais nada de particular neste caso e que com a
aproximação das eleições europeias "há uma certa tendência para pegar em
casos destes e dar-lhes um tratamento mais partidarizado."
As denúncias estão agora a ser investigadas pelo Comité de Assédio do Parlamento Europeu.
Maria
João Rodrigues, ex-ministra do emprego, é eurodeputada eleita pelo PS,
vice-presidente do grupo Aliança Progressista dos Socialistas e
Democratas e presidente da Fundação Europeia para os Estudos
Progressistas.
* A acusação parece-nos um despropósito, aguardemos o resultado da investigação.
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