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HOJE NO
"DINHEIRO VIVO"
Cápsulas de café já valem
mais de 200 milhões de euros
O café de cápsulas conquistou o gosto dos portugueses. Os supermercados estão a aumentar as vendas e têm apostado em fortes campanhas promocionais. Consumo aumentou 11%.
O consumo de café em cápsulas está
imparável. Os portugueses gastaram, só no ano passado, 205,9 milhões de
euros na aquisição deste produto nos hipers, supers e lojas
tradicionais, um aumento de 9% face a 2017. Foram nada menos de 5,2
milhões de quilogramas vendidos, mais 11%. As cápsulas já valem 79% do
mercado doméstico de café torrado que, por sua vez, pesa 82% do total do
café vendido no retalho. A tendência é para manter a trajetória
ascendente.
O mercado doméstico de café torrado, onde
se incluem misturas e sucedâneos, gerou vendas de 260,2 milhões em 2018,
mais 6% que no exercício homólogo. Já o consumo de cafés solúveis
aumentou 2% para 57,5 milhões. O retalho garantiu assim vendas de café
de 317,7 milhões no ano passado, um crescimento de 5,6%, segundo dados
apurados pela Nielsen.
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A subida foi essencialmente impulsionada pelo segmento das cápsulas, sendo que 58% das vendas deste produto foram feitas em promoção. Ramiro Vaz, expert da Nielsen, sublinha que “é o único formato responsável por trazer mais lares compradores, colocá-los a ir mais vezes às compras e a gastarem mais em cada dia”. Na sua opinião, a inovação, associada à conveniência e a um toque premium é a “receita para o sucesso” das cápsulas. E prevê que o consumo continue a crescer e o aparecimento de um maior número de marcas.
Cláudia Pimentel, secretária geral da Associação Industrial e Comercial do Café (AICC), defende, no entanto, que se irá registar um abrandamento nas vendas desta categoria, quer devido aos elevados crescimentos dos últimos anos, quer a uma maior consciência ambiental. A responsável adianta que “está a voltar à moda o consumo de café por brewing, que poderá ser feito através de equipamentos de extração”. O mercado interno do café vale anualmente mais de 500 milhões de euros.
Apostar nas exportações
A indústria portuguesa do café, constituída por mais de seis dezenas de empresas, tem vindo a apostar na exportação procurando evidenciar as características distintivas do café produzido no país. Segundo Cláudia Pimentel, “o processo de torra, o blend e a extração” diferenciam o produto nacional face à concorrência. O selo Portuguese Coffee – a blend of stories, que é impresso nas embalagens, serve de alavanca na abordagem aos mercados externos.
O mercado global está a crescer e a mudança de hábitos de consumo na Europa, que cada vez bebe mais expresso, aliado à exploração de outras formas de consumo, constituem uma oportunidade para a internacionalização e crescimento do setor em Portugal, considera a AICC. Ainda assim, no ano passado, as exportações caíram cerca de 4% para um total de 68 milhões de euros. Espanha foi o principal mercado, seguido por França, Grécia, Angola e Reino Unido. Cláudia Pimentel destaca que o café português é também vendido em geografias mais distantes como a Austrália, América do Sul e Ásia, “embora pouco, pelo que se pretende aumentar a sua presença nestes mercados aptos a um maior consumo”.
* Somos fãs sem remissão.
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A subida foi essencialmente impulsionada pelo segmento das cápsulas, sendo que 58% das vendas deste produto foram feitas em promoção. Ramiro Vaz, expert da Nielsen, sublinha que “é o único formato responsável por trazer mais lares compradores, colocá-los a ir mais vezes às compras e a gastarem mais em cada dia”. Na sua opinião, a inovação, associada à conveniência e a um toque premium é a “receita para o sucesso” das cápsulas. E prevê que o consumo continue a crescer e o aparecimento de um maior número de marcas.
Cláudia Pimentel, secretária geral da Associação Industrial e Comercial do Café (AICC), defende, no entanto, que se irá registar um abrandamento nas vendas desta categoria, quer devido aos elevados crescimentos dos últimos anos, quer a uma maior consciência ambiental. A responsável adianta que “está a voltar à moda o consumo de café por brewing, que poderá ser feito através de equipamentos de extração”. O mercado interno do café vale anualmente mais de 500 milhões de euros.
Apostar nas exportações
A indústria portuguesa do café, constituída por mais de seis dezenas de empresas, tem vindo a apostar na exportação procurando evidenciar as características distintivas do café produzido no país. Segundo Cláudia Pimentel, “o processo de torra, o blend e a extração” diferenciam o produto nacional face à concorrência. O selo Portuguese Coffee – a blend of stories, que é impresso nas embalagens, serve de alavanca na abordagem aos mercados externos.
O mercado global está a crescer e a mudança de hábitos de consumo na Europa, que cada vez bebe mais expresso, aliado à exploração de outras formas de consumo, constituem uma oportunidade para a internacionalização e crescimento do setor em Portugal, considera a AICC. Ainda assim, no ano passado, as exportações caíram cerca de 4% para um total de 68 milhões de euros. Espanha foi o principal mercado, seguido por França, Grécia, Angola e Reino Unido. Cláudia Pimentel destaca que o café português é também vendido em geografias mais distantes como a Austrália, América do Sul e Ásia, “embora pouco, pelo que se pretende aumentar a sua presença nestes mercados aptos a um maior consumo”.
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