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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Oposição critica atribuição do nome de José Saramago ao Campo das Cebolas
O popularmente conhecido Campo das Cebolas vai passar a chamar-se Largo José Saramago com os votos favoráveis do PS, BE e PCP.
Os vereadores do PSD e do CDS-PP na Câmara de Lisboa criticaram esta
quarta-feira a proposta da autarquia para atribuir o nome do escritor
José Saramago ao largo em frente à Casa dos Bicos, conhecido
popularmente como Campo das Cebolas.
O documento foi aprovado com
os votos do PS, BE (que tem um acordo de governação da cidade) e PCP e a
oposição do CDS-PP e do PSD.
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Falando na reunião pública da Câmara
de Lisboa, nos Paços do Concelho, o vereador do PSD João Pedro Costa
defendeu que o local escolhido para homenagear o escritor português
"manifesta um substancial desrespeito pela história e memória da
cidade".
Entendendo que o "topónimo Campo das Cebolas remonta a tempos
memoriais", o social-democrata sublinhou que José Saramago "merece uma
grande distinção na cidade", num outro local, "que seja todos os dias
(...) conhecido pelo seu nome".
O vereador João Gonçalves
Pereira, do CDS-PP, acrescentou que o nome do escritor - vencedor do
Premio Nobel da Literatura há 20 anos - deveria ser associado a "um
equipamento cultural ou a um equipamento educativo".
Em resposta, o
presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina (PS),
explicou que aquele espaço não está formalmente registado como Campo das
Cebolas apesar de as pessoas assim o denominarem.
O espaço que
ficará agora conhecido como Largo José Saramago, em frente à Casa dos
Bicos (que acolhe a Fundação José Saramago), não tinha placa toponímica,
esclareceu a Câmara de Lisboa, acrescentando que a designação de Campo
das Cebolas se aplica apenas a uma parte do terreno que foi
intervencionado no ano passado, junto à rua do Cais de Santarém.
"Esta zona a poente não é formalmente Campo das Cebolas", reforçou o autarca.
O
chefe do executivo camarário lisboeta argumentou que vários locais da
cidade têm uma duplicidade de nomes e que a distinção tem vindo "a ser
trabalhada há muito tempo com os familiares de José Saramago" e com a
própria Fundação.
Ana Jara, do PCP, considerou que é "uma
forma positiva de homenagear José Saramago no sítio onde se encontra a
oliveira" proveniente da sua terra.
A proposta, à qual a agência
Lusa teve acesso, é assinada pela vereadora da Cultura, Catarina Vaz
Pinto (PS), e tem por objetivo homenagear o escritor.
O nome de José Saramago, falecido em 2010, deverá ser atribuído ao
largo entre a Avenida Infante Dom Henrique e a Rua dos Bacalhoeiros,
junto à sede da fundação com o seu nome.
Na placa deverá ler-se "Largo José Saramago, Escritor, Prémio Nobel, 1922-2010".
A proposta assinala que Saramago "deixou uma notável e singular obra literária", que foi traduzida para diversas línguas.
No
documento, Catarina Vaz Pinto aponta que "José Saramago produziu uma
vasta obra literária que, além de romances, inclui contos, crónicas,
diários, literatura de viagens, literatura infantil, peças teatrais,
poesia".
Também é referido que a capital portuguesa "acolhe a fundação com o seu nome, na Casa dos Bicos, desde 2012".
"José
Saramago é, desde 1998, o único Prémio Nobel da Literatura portuguesa e
o segundo Prémio Nobel do nosso país, além de ser uma personalidade de
enorme dimensão intelectual, artística e humana que, pela sua escrita,
granjeou dez prémios em Portugal, quatro em Itália e um em Inglaterra,
para além dos doutoramentos honoris causa das Universidades de Sevilha,
Turim e Manchester, e da condecoração como Cavaleiro da Ordem das Artes e
das Letras Francesas, em 1991", justifica a vereadora.
A
Comissão Municipal de Toponímia deu parecer favorável a esta homenagem
em 09 de novembro, e também a Junta de Freguesia de Santa Maria Maior,
onde se localiza o largo, "manifestou a sua total concordância", é
apontado.
* Compreende-se o ódio.
Dizem que militantes do PSD e CDs têm problemas gástricos depois de terem lido o "O Evangelho Segundo Jesus Cristo". Consideramos que os quatro evangelhos anteriores são ficções de qualidade literária deplorável, a "cristandade" não perdoa a Saramago escrever melhor sobre a mesma fábula.
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