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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS
Confederações CIP e CCP recusam
salário mínimo acima de 600 euros
As
confederações patronais CIP e CCP defenderam esta terça-feira que o
salário mínimo nacional não deverá ficar acima de 600 euros em 2019.
Os
parceiros sociais falavam aos jornalistas à entrada da reunião da
Concertação Social onde vai começar a ser discutido esta tarde o aumento
do salário mínimo nacional para 2019, atualmente de 580 euros. O
Governo tem previsto um valor de 600 euros em 2019 no seu programa.
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QUEM NÃO TEM COMPETÊNCIA
NÃO SE ESTABELECE |
"Esperava com alguma expectativa
que o Orçamento do Estado nos trouxesse agradáveis surpresas e motivos
para que as empresas, ajudadas desde logo em sede fiscal, o pudessem
fazer, como isso não aconteceu frustraram-se as minhas expectativas e
desapareceu o meu otimismo em relação ao tema", defendeu o presidente da
CIP.
Para António Saraiva, as
propostas da CGTP e da UGT, que reclamam 650 euros e 615 euros,
respetivamente, "não são viáveis porque os indicadores têm que ser
mensuráveis e a política salarial e dentro dela o salário mínimo
nacional, tem de ser indexado à produtividade, ao crescimento económico e
à inflação".
"Aguardamos por isso que o
Governo, honrando aquilo que tem honrando em outros instrumentos
nomeadamente no banco de horas individual e na segmentação dos contratos
de trabalho, honrando o seu compromisso programático que apresente o
valor de 600 euros", disse António Saraiva.
Também
o presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP),
João Vieira Lopes, reafirmou que o aumento do salário mínimo "tem de ser
indexado à produtividade, ao crescimento económico e à inflação",
defendendo que o valor de 600 euros "está acima até dessas perspetivas".
Porém,
disse que a CCP aceitará esse valor, recusando um montante superior.
"Acima disso é complicado, não para todas as empresas, mas para
algumas", afirmou Vieira Lopes, acrescentando ter a expectativa de ver o
que o Governo possa "aliviar a carga fiscal" para as empresas no
Orçamento do Estado.
Do lado das
centrais sindicais, tanto a UGT como a CGTP continuam a defender que "há
condições" para aumentar o salário mínimo acima de 600 euros no próximo
ano.
"Era importante que neste último
ano de legislatura houvesse a capacidade de a Concertação Social dar um
passo para além dos 600 euros", sublinhou o líder da UGT, Carlos Silva.
O
secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, defendeu que "é necessário
aumentar o salário mínimo", frisando que 650 euros é "um valor
adequado".
* Não é surpresa, empreendedores da Idade Média ficariam felizes com servos da gleba.
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