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HOJE NO
"AÇORIANO ORIENTAL"
Ministra da Justiça diz não ser
"momento oportuno" para discutir
.existência da PJ Militar
.existência da PJ Militar
A ministra da Justiça recusou esta quarta-feira
comentar as detenções de elementos da PJ Militar na investigação sobre o
reaparecimento das armas furtadas em Tancos e alegou não ser agora o
"momento oportuno" para discutir a existência desta polícia.
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Francisca
Van Dunem respondia aos jornalistas no final da cerimónia de assinatura
de um protocolo de colaboração entre o Instituto de Gestão Financeira e
Equipamentos da Justiça (IGFEJ) e o Conselho Superior da Magistratura
(CSM), para a futura instalação da sede do Conselho Superior da
Magistratura (CSM) no antigo Tribunal da Boa Hora.
Questionada
sobre se faz sentido manter uma Polícia Judiciária Militar (PJM) a par
de uma PJ civil, a ministra referiu que "há um processo judicial em
curso e que é nesse âmbito que se verificaram as operações"
desencadeadas pela PJ e pelo Ministério Público, frisando "não comentar
as detenções" efetuadas na terça-feira: quatro elementos da PJM, um
civil e três militares da GNR. Um quinto militar ligado à PJM, que se
encontra atualmente com o contingente português da força da ONU na
República Centro Africana, é também alvo de mandado de detenção.
"Não
creio que a eclosão de um processo judicial seja o momento oportuno
para discutir questões de fundo. É preciso deixar passar a espuma dos
dias para depois as análises sobre essas matérias serem feitas", disse
Francisca Van Dunem, insistindo que estava ali para falar sobre o novo
destino que vai ser dao ao antigo tribunal da Boa Hora, que é um "espaço
emblemático da justiça" e que vai acolher a sede do CSM, órgão de
cúpula da magistratura judicial.
O
protocolo hoje assinado prevê que, após a realização de obras, o antigo
tribunal da Boa Hora, que está encerrado há nove anos, acolha a sede do
CSM, que tem funcionado em edifícios arrendados, com o dispêndio de
muitos milhares de euros.
António
Henriques Gaspar, presidente do Supremo Tribunal de Justiça e por
inerência do CSM, admitiu aos jornalistas que a futura transferência da
sede do CSM para a Boa Hora é também "uma medida de racionalização dos
gastos", além de ter mérito de dar utilização a "espaços nobres" da
justiça e da cidade de Lisboa a instituições do sistema judiciário.
Henriques
Gaspar e Francisca Van Dunem reconheceram que será agora preciso
arrancar com obras, projetos e estudos para colocar o CSM a funcionar
nas instalações da Boa Hora, tendo a ministra apontado que a primeira
prioridade será iniciar trabalhos de conservação do telhado do tribunal
já durante o próximo ano, dado o estado de degradação de algumas partes
do edifício.
A
ministra explicou que, além de acolher a sede do CSM, que é um "órgão
central do sistema judiciário", permanecerá aberta ao público, por
razões históricas, a Sala do Plenário porque se trata de "um espaço que
permite recordar que houve um tempo em que nem ali (tribunal) era
possível a defesa das liberdades".
Francisca
Van Dunem esclareceu ainda que como o edifício da Boa Hora é "muito
grande" existe a intenção de ali instalar gabinetes para os juízes
conselheiros do Supremo Tribunal de Justiça e juízes desembargadores da
Relação.
A
cerimónia teve a presença da Procuradora-Geral da República, Joana
Marques Vidal, do vice-presidente do CSM, Mário Belo Morgado, do
diretor-geral da PJ, Luís Neves, e do diretor-geral dos Serviços
Prisionais, Celso Manata, entre outras figuras ligadas ao setor.
Joana
Marques Vidal não quis prestar declarações aos jornalistas no final da
cerimónia, tendo ficado a conversar demoradamente no exterior com o
diretor da PJ, Luís Neves, num dia em que se aguarda o início das
inquirições aos detidos da PJM e da GNR de Loulé envolvidos no caso do
reaparecimento das armas furtadas em Tancos.
* A polícia judiciária militar é um aberração do fascismo que ainda se mantém. Trocado por miúdos é mais um "tacho" dentro do tacho que é ser quadro superior do exército, uma organização que tem mais generais que índios.
Não percebemos é o medo que a sra. ministra revela ao não querer falar do assunto.
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