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HOJE NO
"DINHEIRO VIVO"
Acionistas de ex-BESA dizem que
Álvaro Sobrinho “mentiu”
Comunicado rejeita falência por motivos
políticos e diz que queda do BESA resultou de "erros de gestão e dos
dinheiros que o empresário retirou"
Os acionistas do antigo BES Angola (BESA)
acusam o ex-presidente da instituição, Álvaro Sobrinho, de mentir nas
acusações sobre a falência da instituição, declarada em 2014, e que o
empresário diz ter sido um narrativa desenvolvida então pelos próprios
acionistas do banco e com uma motivação política. Sobrinho põe também em
causa o facto de ter havido uma falência efetiva da instituição.
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Os donos do atual Banco Económico pedem a intervenção do Banco Nacional
de Angola e da Procuradoria Geral da República angolana para esclarecer o
caso. Segundo estes, “Álvaro Sobrinho mentiu ao não apresentar os
factos tal como eles ocorreram”. Os acionistas desmentem a alegada falta
de solidariedade com a posição do gestor nas reuniões que determinariam
a falência do banco onde foi detetado um buraco financeiro de 5,7 mil
milhões de dólares em 2013.
Em entrevista à Televisão Pública de
Angola, na última terça-feira, Sobrinho afirmou que o BESA “faliu por
decisão política, tendo em conta as pessoas nele envolvidas”.
Na mesma entrevista, o empresário pôs em causa a falência do banco.
Primeiro porque, formalmente, a instituição se mantém, agora com a
designação de Banco Económico. Depois porque, alega, a bancarrota não
foi decretada pelo Banco Nacional de Angola, auditores do banco ou
qualquer regulador internacional.
Os acionistas consideram “ser de capital importância revelar a verdade e
desmascarar as mentiras” do empresário, citando passagens de
comunicados do banco central angolano e do Banco de Portugal que dizem
ser “reveladoras das consequências das ações de gestão danosa
protagonizadas pela mesma pessoa que, perante as câmaras da televisão
pública, não se coibiu, com motivações inconfessas, de tentar enlamear
os nomes de pessoas e entidades que lesou com as suas falsas
declarações”.
O BNA refere, nas passagens citadas, “risco de descontinuidade da
atividade desse banco e impacto sobre a estabilidade do sistema
financeiro”. Já o banco central português refere “atos de gestão
gravemente prejudiciais” ao BES e “a violação de determinações do Banco
de Portugal que proibiam o aumento da exposição a outras entidades do
Grupo Espírito Santo”.
O comunicado afirma que “não houve qualquer decisão política para
decretar a falência do BESA”. Segundo os acionistas da instituição, a
falência decorreu “dos erros da gestão e dos dinheiros que [Álvaro
Sobrinho] retirou, sendo esta uma questão de sua exclusiva
responsabilidade”.
O Banco Económico tem como acionistas Sonangol, Novo Banco, fundo
Lektron Capital e a Geni Novas Tecnologias.
* O sr. Sobrinho é titular de outras estranhas verdades, mas o BESA é cá um covil...
* O sr. Sobrinho é titular de outras estranhas verdades, mas o BESA é cá um covil...
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