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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS/
/DA MADEIRA"
Albuquerque defende que
‘plano Juncker’ foi “falhanço
completo” na Madeira e Açores
O
presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque (PSD),
defendeu hoje que o ‘plano Juncker’ foi “um falhanço completo” nas
regiões ultraperiféricas, como Madeira e Açores, duvidando da sua
aplicação sem uma “alavanca pública”.
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“O ‘plano Juncker’ foi um
falhanço completo, ao contrário das expectativas, porque as empresas e
as próprias regiões, devido à crise, estavam descapitalizadas. Mesmo
hoje, tenho muitas dúvidas que o ‘plano Juncker’, sem uma alavanca
pública, possa ser suscetível de ser realizado nas regiões
ultraperiféricas, designadamente nos Açores e na Madeira”, defendeu
Miguel Albuquerque.
O presidente do Governo Regional da Madeira
falava na Assembleia da República perante a Comissão Eventual de
Acompanhamento do Processo de Definição da “Estratégia Portugal 2030”.
“Estas
operações de financiamento vieram financiar fundamentalmente o centro
da Europa, apesar de Portugal ser o quarto país a aplicar os fundos.
Isto foi feito para beneficiar as regiões ricas e as regiões centrais da
Europa”, sustentou Miguel Albuquerque sobre o plano de investimento
para a Europa, o chamado ‘plano Juncker’, do presidente da Comissão
Europeia, Jean-Claude Juncker.
A estratégia do executivo
madeirense para as negociações do próximo quadro comunitário de apoio
está “em conformidade” com a do Governo da República, afirmou,
sublinhando a necessidade de serem asseguradas as políticas de coesão.
“Houve
uma perspetiva do corte do Fundo de Coesão na ordem dos 45%, o que não
deixa de ser preocupante. Corta-se de forma absurda nos fundos que mais
ajudam os países mais pobres. Tudo temos de fazer para que Portugal não
tenha um corte substancial nas políticas de coesão, seja no FEDER [Fundo
Europeu de Desenvolvimento Regional], seja Fundo Social Europeu e,
sobretudo, no Fundo de Coesão”, sustentou.
Miguel Albuquerque
qualificou ainda de “absolutamente preocupante” que a Comissão Europeia
tenha proposto a alteração das regras do cofinanciamento, considerando
que “pode ter implicações devastadoras para a aplicação” dos fundos a
passagem da atual taxa de cofinanciamento de 85% para 70%.
“Há regiões, a Madeira, os Açores, ou outras, que não vão ter os meios para assegurarem 30% de cofinanciamento”, declarou.
Miguel
Albuquerque defendeu, entre outros aspetos, uma maior afetação de
fundos comunitários na resposta às alterações climáticas, bem como na
renovação da frota de pesca tradicional e artesanal, cujas embarcações,
algumas com 45 anos, estão “ultradegradadas”.
“Temos situações de
grande perigosidade para os homens do mar. Estas frotas nada têm a ver
com frotas predatórias, são frotas artesanais necessárias para fixação
das populações ribeirinhas, para o turismo e o abastecimento alimentar”,
argumentou, recusando que tenham impacto no contingente de espécies
como o atum.
* A Europa não dá nada a ninguém, finge e se não houver retorno cobra à dentada. Miguel Albuquerque sabe disto, disfarça-o em discursos reactivos para gerar votos.
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